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Como a Estratégia Revoluciona a Prevenção do HIV

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A prevenção do HIV tem evoluído significativamente ao longo das décadas, trazendo uma variedade de métodos para combater o vírus. Uma das estratégias mais abrangentes é a chamada “mandala da prevenção”, um modelo integrado que reúne diferentes abordagens para evitar o contágio. Essa mandala incorpora tanto técnicas tradicionais quanto inovações recentes, oferecendo um leque de opções adaptáveis às necessidades individuais.

Entre as medidas clássicas estão o uso de preservativos e o combate à transmissão vertical, ou seja, de mãe para filho. Os avanços mais recentes incluem a Profilaxia Pré-Exposição (Prep) e a Profilaxia Pós-Exposição (Pep), além de testes rápidos que facilitam o diagnóstico precoce. No entanto, a implementação dessa mandala levanta desafios, principalmente no que diz respeito à compreensão e adoção por parte da população.

Como a Prevenção do HIV Evoluiu ao Longo das Décadas?

A trajetória da prevenção do HIV pode ser dividida em quatro ondas principais. Inicialmente, nas décadas de 1980 e 1990, comunidades afetadas pelo vírus desenvolveram suas próprias estratégias, em grande parte devido à inércia governamental. Campanhas mais formais focaram no comportamento individual, muitas vezes utilizando mensagens de medo e culpa para provocar mudanças.

A partir dos anos 2000, a atenção voltou-se para as estruturas sociais que aumentavam o risco de infecção, como desigualdades econômicas e questões de gênero. Mais recentemente, a prevenção biomédica ganhou destaque, com métodos que reduzem o risco de infecção por meio de medicações específicas.

Teste de HIV Créditos: depositphotos.com / VadimVasenin

Quais Métodos Compõem a Mandala da Prevenção?

A mandala de prevenção adotada pelo Brasil engloba nove estratégias chave. Inclui o uso de preservativos internos e externos e tratamentos para indivíduos portadores do HIV para suprimir a carga viral. Além disso, promove a testagem regular para HIV e outras ISTs e oferece profilaxias, tanto pré quanto pós-exposição.

  • Uso de Preservativos: Internos e externos para prevenir o contato direto com o vírus.
  • Profilaxia Pós-Exposição (Pep): Uso de antirretrovirais em até 72 horas após exposição de risco.
  • Profilaxia Pré-Exposição (Prep): Uso contínuo de medicamentos para prevenir a infecção.

Essas práticas são complementadas por ações para prevenir a transmissão vertical e imunizações contra HPV e hepatite B.

Quais são os Desafios na Implementação da Mandala?

Um dos principais desafios é garantir que a população em geral compreenda e tenha acesso aos diversos métodos disponíveis. A desigualdade no acesso à informação limita a adoção de medidas preventivas, especialmente entre grupos menos privilegiados. A complexidade da mandala também representa um obstáculo, demandando esforços educacionais significativos.

Campanhas claras e bem direcionadas são necessárias para esclarecer as opções aos diversos segmentos da sociedade. Iniciativas como distribuidores automáticos de Pep e Prep estão sendo consideradas para facilitar o acesso sem a necessidade de consultas presenciais.

O Que o Futuro Reserva para a Prevenção do HIV?

A prevenção do HIV continua a avançar com o desenvolvimento de profilaxias de longa duração, como o cabotegravir e o lenacapavir. Essas injeções, aplicadas bimestral ou semestralmente, prometem tornar o processo de prevenção mais prático e eficaz. Embora ainda não sejam amplamente disponíveis, representam um passo significativo na luta contra o vírus.

A expectativa é que essas evoluções tragam novas perspectivas no combate ao HIV, transformando a doença em uma condição cada vez menos impactante, graças ao contínuo progresso da ciência.