Novo salário mínimo de 2024 impulsiona economia e reduz desigualdades!
Segundo uma análise do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o recém-anunciado reajuste do salário mínimo pode resultar em um aumento substancial na arrecadação tributária e na renda dos brasileiros.
A estimativa sugere um acréscimo de R$ 69,9 bilhões na renda anual de aproximadamente 59,3 milhões de brasileiros que têm seus salários atrelados ao mínimo.
Além disso, o impacto do reajuste no consumo pode resultar em cerca de R$ 37,7 bilhões a mais na arrecadação tributária anual. Essa mudança salarial deve entrar em vigor a partir de 1º de janeiro de 2024, quando o salário mínimo oficial do Brasil passará a ser de R$ 1.412.
Como funciona o reajuste do salário mínimo?

Ele representa um aumento nominal de 6,97%, com o salário passando de R$ 1.320 para R$ 1.412. O Dieese calculou que o ganho real, considerando a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), chegou a 5,77% para o período de maio a dezembro de 2023.
Antes disso, em maio de 2023, houve um reajuste de 1,38% que ficou abaixo da inflação, resultando em uma perda real de 1,01%.
Entretanto, o reajuste previsto para 2024 compensa essa perda ocasional, resultando em um ganho real de 5,77% em relação a maio de 2023, conforme avaliado pelo Dieese.
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Relevância da política de valorização do salário mínimo
A política de valorização do salário mínimo do país, que resultou em aumentos reais todos os anos de 2003 a 2016, é considerada pelo Dieese como um fator crucial para a elevação da renda da população mais pobre. A entidade acredita que essa política contribuiu para ampliar o mercado consumidor interno e fortalecer a economia brasileira.
Além disso, ela ajudou a reduzir as desigualdades de salário entre homens e mulheres, negros e não negros e entre as diferentes regiões do Brasil. A política também teve um impacto positivo nos ajustes dos pisos salariais de diversas categorias de trabalhadores.
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Desafios e variações no reajuste
Apesar dos benefícios da política de valorização, também houve momentos de perda real. Em 2017, o reajuste ficou abaixo da inflação, resultando em perda real de 0,10% no ano. Em 2018, a perda real acumulada foi de 0,25%. No entanto, em 2019, houve um ganho real de 1,14%. Já em 2020, a perda real foi de 0,36%.
Os pequenos ganhos reais de 0,01% em 2021 e 0,02% em 2022 foram considerados reflexos de um pequeno arredondamento para os valores de R$ 1.100 e R$ 1.320, respectivamente. Para 2023, o reajuste resultou em um aumento real de 1,41%.