Ponto de Interrogação no Coaf: Investigações Sobre Bolsonaro em Pauta
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), responsável por investigar os eventos do 8 de Janeiro, instaurou um procedimento para apurar possíveis irregularidades na conduta do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). A decisão, anunciada pelo presidente da CPMI, Arthur Maia (União), visa examinar a validez do envio de documentos sobre as movimentações bancárias do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), feito pelo Coaf à comissão.
Após o pedido de opositores do governo, o questionamento sobre o envio do relatório Coaf para o colegiado veio à tona. As acusações, que configuram irregularidades múltiplas e de difícil verificação imediata, fizeram Arthur Maia optar por uma apuração preliminar.
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Qual a justificativa para a abertura da apuração na investigação da COAF sobre bolsonaro ?

“Estou recolhendo a questão de ordem e determinando a apuração”, declarou Maia ao não conceder, nem rejeitar o pedido de abertura. De acordo com os parlamentares bolsonaristas, o Coaf teria extrapolado a solicitação inicial feita pela CPMI. Essa alegação surge em meio a críticas de inconsistência de datas e de alvo das investigações.
Argumentações dos congressistas governistas
Por outro lado, os defensores do governo argumentam que as movimentações de Bolsonaro foram associadas ao dossiê sobre Mauro Cid uma vez que este possuía contas associadas ao ex-capitão. Portanto, segundo a legislação atual, essas movimentações poderiam ser verificadas.
De acordo com o Coaf, Bolsonaro recebeu aproximadamente 17,2 milhões de reais via Pix, advindos de seus seguidores. Essas movimentações foram classificadas pelo órgão como atípicas, aumentando as suspeitas de lavagem de dinheiro. A investigação sugere que os recursos tenham sido doados pelos apoiadores de Bolsonaro para pagar multas judiciais que ele teria recebido. Entre os doadores, estariam empresários, militares, agricultores e advogados.
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O acusação de vazamento contra a relatora da CPMI
Enquanto o debate sobre a investigação se intensificava, Flávio Bolsonaro (PL-RJ) acusou os assessores de Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da CPMI, pelo vazamento das informações do relatório do Coaf para a imprensa. A senadora negou a acusação e prometeu uma resposta às falsas acusações.