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PIS/Pasep: Governo Analisa mudanças no Abono Salarial e Seguro-Desemprego! VEJA:

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O governo brasileiro está estudando diversas alternativas para revisar despesas públicas, incluindo a revisão das regras do Benefício de Prestação Continuada (BPC). O objetivo é ir além das questões fiscais e realizar ajustes para tornar as políticas públicas mais eficientes, justas e voltadas para a competitividade econômica. Entre as medidas em análise estão alterações em auxílios como o abono salarial e o seguro-desemprego, que necessitam de diálogos mais aprofundados com o Ministério do Trabalho.

Essas mudanças têm como foco principal a revisão de políticas de assistência social, sempre visando uma maior inclusão e eficácia. A meta é que os benefícios realmente cheguem a quem mais precisa, sem favorecer desproporcionalmente os trabalhadores formais em detrimento dos informais.

O Que é o Abono Salarial?

O abono salarial, também conhecido como PIS/Pasep, é um benefício que pode chegar a até um salário mínimo por ano para quem trabalha com carteira assinada e recebe até dois salários mínimos por mês. A proposta em estudo vincula o auxílio à renda per capita da família, similar ao Bolsa Família, e não mais apenas aos trabalhadores formais.

Por Que o Abono Salarial Pode Deixar de Ser Vinculado à Carteira Assinada?

Segundo o secretário de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas do Ministério do Planejamento, Sérgio Firpo, o objetivo é tornar o abono salarial mais inclusivo. Os trabalhadores formais, que já têm diversos direitos garantidos, seriam considerados “privilegiados” em comparação aos que estão na informalidade.

  • Trabalhadores com carteira assinada já têm mais direitos.
  • Benefício pode ser melhor distribuído entre famílias de baixa renda.
  • Adequação da política pode promover maior justiça social.

Firpo exemplifica com uma família de três pessoas, onde dois adultos recebem até dois salários mínimos. Atualmente, essa família poderia receber mais de um abono, mas com a nova proposta, seria reavaliada a condição familiar para garantir que o abono alcance quem realmente precisa.

Mudanças no Seguro-Desemprego:

A revisão também afeta o seguro-desemprego. No Brasil, esse benefício costuma crescer quando a economia está aquecida, o que é contraproducente. Isso se deve, em parte, à sobreposição do seguro-desemprego e da multa de 40% do FGTS em demissões sem justa causa, o que pode desestimular a permanência no emprego.

  1. Sobreposição do seguro-desemprego com a multa do FGTS.
  2. Desestímulo à permanência no emprego em épocas de crescimento econômico.
  3. Revisão considerará melhor utilização dos recursos em tempos de desemprego.

Firpo menciona que, atualmente, muitos trabalhadores não acionam o seguro-desemprego, mesmo sendo elegíveis, devido às complexidades do sistema. Esse cenário exige uma análise detalhada e a formulação de uma estratégia que considere os diferentes perfis de desempregados no Brasil.

Quanto Custa o Abono Salarial e o Seguro-Desemprego?

Estimativas indicam que o abono salarial e o seguro-desemprego representarão um gasto de R$ 87,5 bilhões em 2024, em comparação aos R$ 81,5 bilhões previstos para 2023. Esses valores evidenciam a necessidade de uma reforma estrutural para otimizar a aplicação dos recursos públicos.

Em resumo, a revisão das despesas públicas e dos benefícios sociais é uma medida crucial para garantir uma economia mais justa e eficiente. O foco nas políticas de assistência social busca incluir os trabalhadores informais e garantir que os recursos cheguem a quem realmente necessita, combatendo desigualdades e promovendo uma distribuição mais equitativa dos benefícios.