Governo Lula foi avisado em Abril Sobre Crise de Seca na Amazônia! Entenda:
O governo do Amazonas encaminhou, em 3 de abril de 2024, uma carta ao Ministério do Meio Ambiente na qual alerta sobre o risco de uma longa estiagem. O estado já contabilizou 19.478 focos de incêndio desde o início do ano, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). “Importantes alterações climáticas vêm se apresentando de forma recorrente no planeta, acarretando elevados impactos socioambientais”, diz o documento assinado pelo governador Wilson Lima (União Brasil).
O texto destaca que o estado é bastante vascularizado por rios, igarapés e lagos, sujeitos a eventos naturais adversos. “Dada as dimensões territoriais do Amazonas, a dinâmica de cheia e vazante dos rios não permite uma precisa definição geral do momento em que o estado muda de estação”, destaca. No documento, o governador enfatiza a importância de estratégias de gestão de risco para reduzir os impactos dos extremos climáticos.
Por que a estiagem de 2024 preocupa tanto?
A maior preocupação do governo do Amazonas está relacionada à vazante de 2024, que possivelmente será intensa, resultando em um desastre generalizado de estiagem/seca em muitos municípios. Uma severa estiagem em 2023 já afetou os 62 municípios do estado, atingindo diretamente 620 mil pessoas, causando danos econômicos e sociais significativos.
Quais são as medidas preventivas adotadas pelo governo?
O governo do estado adotou uma série de medidas preventivas baseando-se no monitoramento diário dos níveis dos rios através das réguas linimétricas instaladas em diversos pontos do estado. Periodicamente, são emitidos informativos sobre os níveis dos rios, e a Defesa Civil elabora relatórios com base em dados de órgãos internacionais. Entre as medidas adotadas, destacam-se:
- Monitoramento diário dos níveis dos rios.
- Envio de informativos e relatórios frequentes a instituições impactadas.
- Indução de comportamento prevencionista entre as instituições receptivas.
- Adoção de medidas para minimizar ou evitar os impactos causados pelo possível desastre.
Diante do cenário atual, o governador Wilson Lima solicitou recursos financeiros e apoio logístico, incluindo cestas básicas, galões e caixas d’água, poços artesianos, purificadores de água, kits de limpeza e higiene, recargas de gás liquefeito de petróleo e galpões para armazenamento.
O que dizem as autoridades federais?
Em resposta, o Secretário Extraordinário de Controle de Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial, André Lima, afirmou que o governo federal não disponibiliza equipamentos para estados e municípios. “O que o governo federal faz é atender e combater os incêndios nas regiões. No Amazonas, a atuação se dá pelo ICMBio com a Força Nacional de Segurança Pública,” explicou. Lima ressaltou a necessidade dos estados priorizarem ações com seus próprios recursos.
As demandas do governo do Amazonas foram parcialmente atendidas, com destaque para a entrega de cestas básicas a pescadores e o reforço ao Corpo de Bombeiros. O Ministério do Desenvolvimento Regional não se manifestou sobre as solicitações adicionais.
Em suma, a preocupação com a seca em 2024 não é infundada. A combinação de alterações climáticas recorrentes e a severidade da estiagem anterior coloca a região do Amazonas em uma situação de alerta. Medidas preventivas, coordenação entre os governos e o atendimento às solicitações são essenciais para minimizar os impactos do fenômeno.