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Desafios e Inovações nas Cidades Brasileiras em 2024! Veja os preparos para crise climática!

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No próximo mês, cidadãos brasileiros de 5.570 municípios irão às urnas, mas antes disso, muitas cidades já enfrentaram desafios climáticos únicos. Em março de 2024, o Rio de Janeiro experimentou a sensação térmica mais alta registrada no Brasil, com alarmantes 62,3ºC. Dois meses depois, em maio, Porto Alegre e outras áreas do Rio Grande do Sul sofreram com enchentes que desalojaram 600 mil pessoas, marcando o maior desastre do tipo no país.

Recentemente, São Paulo registrou a pior qualidade do ar do mundo, o que destaca ainda mais a urgência de medidas concretas para minimizar os efeitos das mudanças climáticas em áreas urbanas. Segundo o IPCC, as cidades são responsáveis por cerca de 70% das emissões globais de gases de efeito estufa (GEEs). Os principais culpados são estruturas de concreto, aquecimento, resfriamento e meios de transporte.

Como as Cidades Brasileiras tem lidado com a Crise Climática?

As emissões de GEEs nas cidades são exacerbadass por práticas ultrapassadas de urbanismo e construção. Mesmo diante de um cenário de acelerada expansão urbana, que deve crescer mais nos próximos 35 anos do que cresceu durante todo o século 20, muitos profissionais do setor ainda resistem a mudanças essenciais.

Esse rápido crescimento urbano também tem sacrificado áreas naturais, resultando em consideráveis perdas de biodiversidade. Essa expansão contribui para a formação de ilhas de calor, escassez de água e aumento das desigualdades sociais e problemas de saúde mental.

Fonte: Habitability
Fonte: Habitability

Como as Cidades Podem se Preparar para o Clima do Século 21?

A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) informou que apenas 1 em cada 5 municípios brasileiros está preparado para enfrentar os desafios das mudanças climáticas. Cidades como Fortaleza e Curitiba, no entanto, estão tomando iniciativas verdes. Fortaleza está transformando áreas públicas para reduzir poluição e risco de enchentes, enquanto Curitiba está construindo um parque que armazenará 43 bilhões de litros de água para enfrentar períodos de seca.

No âmbito nacional, o Ministério das Cidades está acelerando esforços de planejamento e adaptação climática. Mas ainda há muito por percorrer para alcançar uma transformação significativa.

O que é Biourbanismo e Como Pode Ajudar?

O biourbanismo surge como uma abordagem inovadora e necessária. Este movimento busca mobilizar atores públicos e privados para implementar urbanismo ecológico e regenerativo nas cidades brasileiras até 2025. O princípio do biourbanismo é integrar formas e processos naturais no design urbano e nos métodos de construção.

Imagine cidades que, em vez de gerar GEEs, atuem como sumidouros de carbono e centros de inovação. Esta visão inclui não apenas novas políticas climáticas, mas uma mudança total na maneira como projetamos e gerenciamos nossos espaços urbanos.

Para que esse futuro se concretize, é preciso:

  • Adotar visões inclusivas e estratégias participativas;
  • Desenvolver métricas realistas e alcançar vitórias tangíveis;
  • Utilizar financiamentos inovadores de fontes públicas e privadas;
  • Experimentar e testar novas soluções sustentáveis.

Somente com uma mudança de mentalidade entre governos municipais, investidores, construtores e moradores, nossos centros urbanos podem se transformar em ecossistemas vivos e sustentáveis. A colaboração entre esses atores é crucial para promover soluções viáveis a longo prazo.

É vital que as cidades brasileiras tomem medidas proativas para enfrentar a crise climática. A transição para modelos urbanos mais ecológicos e resilientes é uma jornada que todos devemos empreender juntos, visando um futuro mais sustentável e equilibrado.