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CAIXA Anunciou Distribuição de 65% do Resultado do FGTS!

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Recentemente, uma notícia circulou pelas redes sociais afirmando que o governo irá ficar com parte do lucro do FGTS, que deveria ser distribuído integralmente para todos os trabalhadores. No entanto, há mais nuances nessa história que precisam ser esclarecidas. Vamos entender o que realmente está acontecendo com a distribuição dos lucros do FGTS.

Antes de mais nada, é importante destacar que o governo não irá tomar para si o valor de parte dos lucros do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Em vez disso, o que não for distribuído será guardado em uma reserva financeira para garantir que o dinheiro dos trabalhadores seja atualizado de acordo com a inflação oficial do Brasil. Este é um ponto crucial para manter o poder de compra do fundo.

Qual é a razão por trás da distribuição do FGTS?

A principal razão para a distribuição parcial dos lucros do FGTS é evitar a perda do poder de compra das economias dos trabalhadores. Com a alta inflação, é essencial que o dinheiro guardado no fundo seja atualizado regularmente para que o valor não se deprecie ao longo do tempo. Essa reserva financeira atua como um mecanismo de proteção contra a desvalorização.

Não é a primeira vez que os lucros do fundo não são totalmente repassados aos trabalhadores. Apenas em 2019, 100% do rendimento foi distribuído. Nos anos seguintes, os porcentuais de distribuição variaram. Confira os números abaixo:

  • 2024: 65%
  • 2023: 99%
  • 2022: 99%
  • 2021: 96%
  • 2020: 66,2%
  • 2019: 100%
  • 2018: 50%
  • 2017: 50%

Por que a distribuição não é sempre 100%?

A decisão de não distribuir 100% dos lucros tem base em questões financeiras e econômicas. Reservar parte dos lucros ajuda a evitar que o fundo perca valor com o tempo, um problema que pode ser agravado em períodos de alta inflação. Além disso, essa estratégia permite que o FGTS mantenha sua função de segurança para os trabalhadores em situações de emergência, como desemprego ou doenças graves.

Como a reserva financeira do FGTS impacta os trabalhadores?

A reserva financeira a ser constituída a partir dos lucros não distribuídos tem como objetivo garantir a sustentabilidade do fundo a longo prazo. Isso significa que, em momentos de crise econômica, o FGTS ainda terá recursos suficientes para continuar sendo uma rede de proteção para os trabalhadores.

Como funciona a Distribuição dos Lucros do FGTS ao Longo dos Anos?

Vale ressaltar que a distribuição de lucros do FGTS sempre foi objeto de ajustes conforme as necessidades econômicas do país. Em 2023 e 2022, por exemplo, foram distribuídos 99% dos lucros, enquanto em 2021, 96% dos recursos foram repassados aos trabalhadores. Já em 2020, um ano marcado pela pandemia de COVID-19, o percentual foi de 66,2%, demonstrando como a distribuição pode variar conforme o cenário econômico.

Essa variação também é observada em anos anteriores: em 2018 e 2017, apenas 50% dos lucros foram distribuídos. Essas decisões são sempre baseadas em estudos de viabilidade e na necessidade de garantir a manutenção do poder de compra do FGTS para os trabalhadores.

Em resumo, a distribuição de 65% dos lucros do FGTS em 2024 não é uma medida para prejudicar os trabalhadores, mas sim uma estratégia para garantir que o valor depositado no fundo permaneça competitivo e ajustado à inflação. A reserva financeira gerada com os lucros não distribuídos dá maior estabilidade ao fundo e protege o poder de compra dos trabalhadores.