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Casos de Mpox – Já São 400 casos no Brasil

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O Brasil tem visto uma redução significativa no número de casos de mpox ao longo dos últimos anos. Em agosto de 2022, o país registrou mais de 40.000 casos, um número bastante preocupante. Já em agosto de 2023, esse total caiu para pouco mais de 400 casos. Em 2024, o maior número de casos foi registrado em janeiro, com mais de 170 infecções.

Embora haja uma queda considerável, a média de casos em agosto deste ano se manteve entre 40 a 50 novas infecções. Esse número é considerado “bastante modesto, embora não desprezível” pelas autoridades de saúde. Segundo Draurio Barreira, diretor do Departamento de HIV, Aids, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde, o risco de uma nova pandemia é baixo, mas a atenção deve ser mantida.

O Perfil Epidemiológico da Mpox no Brasil

De 2022 a 2024, o Brasil registrou quase 12.000 casos confirmados de mpox. A maioria das infecções, cerca de 91,3%, se concentram no sexo masculino, particularmente em homens com idades entre 19 e 39 anos. A idade mediana dos infectados é de 32 anos, e 70% dos casos se concentram na faixa etária dos adultos jovens. Entre as mulheres, o número de casos é significativamente menor, cerca de 1.000, também na faixa de adulto jovem.

Além disso, um percentual alto de casos não possui gênero informado, diminuindo a precisão dos dados. Os homens cis, principalmente, representam a maioria dos casos confirmados. A importância da vigilância epidemiológica é ainda mais destacada pelo fato de que quase metade dos infectados também vive com HIV.

Qual é a Situação da Mpox no Brasil em 2024?

Em 2024, a situação da mpox no Brasil parece estar sob controle, mas ainda necessita de atenção constante. O Ministério da Saúde tem mantido um acompanhamento rigoroso e uma comunicação transparente sobre os casos e medidas de prevenção. Até o momento, a taxa de letalidade da doença é de 0,14%, com 16 mortes registradas desde 2022. Não houve registro de óbitos pela doença em 2024.

Quais São as Principais Complicações da Mpox?

Os casos de mpox que resultam em hospitalizações são poucos. Cerca de 3,1% dos pacientes foram hospitalizados por necessidades clínicas ou complicações no quadro clínico, 0,6% para isolamento, e 1,6% por motivos desconhecidos. Desde 2022, 45 pacientes precisaram de internamento em UTIs. A mediana de idade dos falecidos é de 31 anos, e a maioria deles possuía múltiplas erupções cutâneas e febre.

Daqueles que morreram, a grande maioria, 93,8%, eram imunossuprimidos vivendo com HIV. Apenas um dos óbitos estava relacionado à imunossupressão causada por câncer. Isso destaca a vulnerabilidade das pessoas imunossuprimidas à mpox.

O Avanço na Testagem e Tratamento

Embora não haja ainda um teste rápido para a detecção de mpox no Brasil, os testes moleculares e de sequenciamento genético têm sido eficazes. O Ministério da Saúde recomenda o isolamento imediato de casos suspeitos com sintomatologia compatível, como pústulas e erupções cutâneas. A média de tempo entre o início dos sintomas e o óbito é de 58,6 dias, e a necessidade de internação geralmente ocorre em 26,4 dias após o início dos sintomas.

  • Em 2024, foram contabilizadas 49 hospitalizações por mpox, sem óbitos.
  • O Ministério da Saúde obteve autorização da Anvisa para a importação do remédio Tecovirimat, destinado a reduzir a mortalidade da doença.
  • A compra e distribuição do medicamento estão sendo coordenadas com a Opas.

Apesar das quedas nos números, a mpox permanece uma preocupação de saúde pública. Mantendo a vigilância e adotando medidas preventivas, o Brasil busca evitar novos surtos e proteger a população, especialmente os grupos mais vulneráveis.