Como RESGATAR o DINHEIRO ESQUECIDO do Governo?
Entre 1990 e 1991, durante a execução do Plano Collor, os brasileiros sofreram um confisco em suas contas poupanças. As perdas financeiras agora podem ser recuperadas em ocasião de um recente acordo judicial. No entanto, existem critérios para essa retirada que ainda é desconhecida por muitos. Descubra a seguir se você se enquadra entre os beneficiados.
Anunciada pela Frente Brasileira pelos Poupadores (Febrapo), estima-se que existam ainda cerca de 400 mil pessoas elegíveis a receber os valores confiscados durante o Plano Collor. Além disso, mais de 140 mil herdeiros também se beneficiarão do acordo.
Quais os critérios para recuperar o valor do Plano Collor?
Segundo as especificações do acordo, para receber o dinheiro, é preciso que o poupador tenha acionado a justiça por meio de uma ação individual ou esteja incluso em sentenças referentes a ações coletivas, até o dia 11 de setembro de 2017.
O prazo estabelecido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para essa reivindicação se estende até junho de 2025. E se você se encaixa nesses critérios e deseja finalizar o processo judicial, a Febrapo oferece orientações por e-mail ([email protected]) ou telefone (0800 775 5082).
Como dar andamento ao processo de recuperação dos valores do Plano Collor?
Para prosseguir com o processo de recuperação, é necessário a apresentação de um formulário eletrônico preenchido, cópia de procuração, extrato bancário do período do plano econômico e outras informações pertinentes ao processo movido pelo poupador. Todos esses documentos devem ser entregues no Portal de Acordos da Febrapo.
Após a validação do banco pagador, o valor é depositado em até 15 dias úteis na conta do requerente ou de seu advogado. Vale ressaltar que os honorários advocatícios ficam a cargo da instituição financeira, sem desconto do valor pago ao cliente.
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Entenda o que foi o Plano Collor
Efetivado em 1990 pelo presidente Fernando Collor, o Plano Collor confiscou as contas poupanças dos brasileiros por um tempo de 18 meses, causando um impacto severo na vida dos cidadãos, que deixaram de ter acesso ao dinheiro depositado em suas contas poupança. Estima-se que tal confisco tenha totalizado cerca de 30% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional do período.
Para quem viveu o confisco financeiro, sempre ficou a esperança de uma justiça tardia. Agora, quatro décadas mais tarde, a possibilidade de recuperação do investimento faz realidade com esse acordo judicial.