Confira novo projeto hibrido de SUVs!
A Fiat lançou recentemente as versões híbridas dos modelos Pulse e Fastback, marcando o início do projeto Bio-Hybrid da Stellantis. Este projeto visa a eletrificação gradual de toda a sua linha de veículos, culminando no lançamento de um carro completamente elétrico até 2030. As novas variantes híbridas desses SUVs estão disponíveis a partir de R$ 125.990, introduzindo o mercado brasileiro a tecnologias que prometem eficiência e redução de emissões.
Ambos os modelos passam a integrar um sistema híbrido leve nas variantes Audace e Impetus, equipadas com o motor Turbo 200 1.0, que entrega 130 cv de potência e 20,4 kgfm de torque. O diferencial é a implementação do módulo BSG, uma tecnologia que substitui o alternador e o motor de arranque, além de proporcionar torque adicional em momentos específicos. Este sistema é alimentado por uma bateria de lítio compacta.
Como Funciona o Sistema Híbrido Leve dos Novos SUVs?
As especificações do sistema introduzido nos SUVs da Fiat são de interesse particular para o mercado. O motor elétrico de 3 kW (equivalente a 4 cv) é sustentado por uma pequena bateria de lítio estrategicamente posicionada sob o assento do motorista. Conforme explicado pelos executivos da companhia, o peso deste componente é comparável a uma bateria comum de 12V, aproximadamente 15 kg.
Este sistema funciona principalmente para otimizar o consumo de combustível e reduzir as emissões, especialmente em situações de condução em velocidades constantes ou durante a partida quando o motor está frio. A economia de combustível é um dos principais objetivos, com expectativa de redução entre 10% a 12% usando etanol, podendo alcançar até 20% em certas condições, comparando favoravelmente com o uso de gasolina.
Por que Adotar o T200 Hybrid em vez de um Híbrido Completo?
Muitos podem se perguntar por que Stellantis optou por um sistema híbrido leve ao invés de um híbrido completo, como o utilizado por concorrentes como o Toyota Corolla. A resposta reside na acessibilidade da tecnologia ao consumidor e na infraestrutura de fornecimento local que ainda está em desenvolvimento. Certamente, a Stellantis possui a tecnologia necessária para fabricar híbridos completos, híbridos plug-in e elétricos, mas a viabilidade financeira e logística no mercado brasileiro ainda precisa ser solidificada com um acréscimo na base de fornecedores locais.
Somente a bateria de lítio utilizada nos Pulse e Fastback é importada, enquanto que outros componentes como o módulo BSG são produzidos localmente. Essa iniciativa visa preparar o terreno para a futura implementação de sistemas híbridos mais complexos e a ampliação da linha elétrica, enquanto trabalham para tornar os preços competitivos. Um híbrido completo custaria, em média, R$ 20 mil a mais que os modelos atuais híbridos leves, enquanto o ajuste realizado para o novo sistema leve resultou em um aumento de apenas R$ 2 mil nas versões.
Quais Serão os Próximos Passos para a Eletrificação pela Stellantis?
A estratégia da Stellantis inclui a expansão deste sistema para outros modelos, como a picape Strada e veículos da Peugeot e Citroën, sinalizando um movimento contínuo em direção à eletrificação. Entretanto, a versão básica do Fastback continuará com motor a combustão convencional. Conforme a demanda por veículos eletrificados aumenta, Stellantis planeja expandir sua rede de fornecedores locais para facilitar a transição tecnológica e atingir o objetivo de um veículo 100% elétrico fabricado nacionalmente até 2030.
A inovação no setor automotivo, especialmente em mercados emergentes como o Brasil, exige uma abordagem estratégica meticulosa. A introdução das versões híbridas de Pulse e Fastback é apenas o primeiro passo de muitos para a Stellantis. O futuro da mobilidade sustentável no país está cada vez mais próximo, pavimentado pelo avanço responsável e adaptativo da indústria automotiva.