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Coringa 2: Joaquin Phoenix Brilha em um Filme que Pede mais Ousadia!

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O aguardado “Coringa: Delírio a Dois” finalmente chegou aos cinemas em 2024, causando divisão entre os fãs e os críticos. Embora muitos esperassem uma continuação que trouxesse mais ousadia e inovação, é a performance de Joaquin Phoenix que acaba roubando todos os holofotes. Sua interpretação continua a ser o ponto alto da trama, enquanto algumas escolhas da produção deixam a desejar.

O filme se passa em Arkham, onde Arthur Fleck, ou melhor, o Coringa, interpretado por Phoenix, aguarda julgamento por seus crimes. Em meio à confusão interna de sua dupla personalidade, Arthur encontra um amor verdadeiro na pele da personagem de Lady Gaga, que também traz uma paixão inesperada pela música para a vida do anti-herói. Essa dinâmica prometia transformar poderosamente a franquia, mas faltou audácia para alcançar todo o seu potencial.

Os Desafios de uma Sequência Ambiciosa

Quando se trata de sequências, a expectativa sempre é alta, especialmente após o impacto gerado pelo primeiro filme em 2019. O “Coringa” original trouxe um olhar singular e emocional sobre o Palhaço do Crime, optando por um ritmo mais introspectivo ao invés de cenas de ação tradicionais. “Delírio a Dois” tenta modificar essa cadência, mas a tentativa de inovar acaba interferindo no fluxo narrativo.

A escolha da DC de não simplesmente copiar o enredo anterior para evitar clichês pode ser considerada um acerto. No entanto, ao tentar adicionar novos elementos, o filme se depara com desafios que nem sempre são superados. A quantidade de riscos artísticos poderia ter sido maior, especialmente com Lady Gaga no elenco.

Será que a Música Poderia Salvar Coringa 2?

A inclusão de Lady Gaga trouxe esperança de que o filme poderia mergulhar fundo em números musicais marcantes. Porém, “Coringa: Delírio a Dois” não consegue explorar completamente esse potencial. Enquanto a ideia de um musical era promissora, a execução ficou aquém do esperado, sem aproveitar as influências da cultura pop que poderiam ter tornado o filme ainda mais cativante.

O filme apresenta músicas, mas elas não são envolventes o suficiente para deixar uma marca duradoura. Com uma estrela que tem um talento musical comprovado, a produção perdeu uma grande oportunidade de integrar sons icônicos que elevassem a trama.

Joaquin Phoenix: O Maestro do Caos

Apesar dos tropeços do roteiro e da direção, Joaquin Phoenix resplandece como a verdadeira estrela do filme. Sua atuação é mais uma vez intensa e persuasiva, mostrando que ele realmente nasceu para interpretar essa versão do Coringa. A evolução de seu personagem é palpável e Phoenix mantém o público cativo com sua entrega emocional e instigante.

Com um elenco que também conta com Brendan Gleeson, Catherine Keener, Zazie Beetz, Steve Coogan e Harry Lawtey, o filme dirigido por Todd Phillips tinha todos os ingredientes para repetir o sucesso do primeiro. Ainda assim, é a presença magnética de Phoenix que segura as rédeas desta narrativa complexa.

O Futuro do Coringa nos Cinemas

A continuação de “Coringa” era uma das estreias mais aguardadas de 2024. Embora tenha apresentado falhas, abriu novas possibilidades para o futuro da franquia. Os fãs de quadrinhos e cinema continuam a debater sobre o que poderia ter sido feito de maneira diferente, especialmente em termos de abordagem musical e riscos narrativos.

À medida que continuamos a desvendar a complexa psique do Coringa, resta a esperança de que futuras produções aprendam com as ousadias e as limitações de “Delírio a Dois”. O que fica evidente é que, independentemente da qualidade do filme como um todo, a interpretação inesquecível de Joaquin Phoenix proporcionará discussões entusiasmadas por muito tempo.