CUIDADO! Lojas AUMENTAM preços perto do Black Friday; Veja como NÃO ser enganado
A prática de antecipar as ofertas da Black Friday, conhecida como “Black November”, se tornou comum no Brasil, espalhando as promoções ao longo do mês até a tão aguardada sexta-feira de descontos. Entretanto, uma pesquisa obtida com exclusividade pelo grupo Zoom/Buscapé aponta um curioso movimento inverso nas categorias de eletroeletrônicos mais procuradas pelos consumidores.
Desde o início de novembro, os preços de celulares, lavadoras, geladeiras e televisões apresentaram um surpreendente aumento. Os dados revelam que entre os dias 29 de outubro e 11 de novembro, celulares e smartphones registraram alta de 4,67%, enquanto lavadoras aumentaram 5,75% e geladeiras e televisões, 1,3% e 1%, respectivamente.
Por que as Lojas aumentam os preços na Black Friday?
De acordo com Maurício Cascão, CEO da Mosaico, dona do Zoom/Buscapé, sugere que este fenômeno pode significar uma tentativa de alguns comerciantes online de recompor as perdas acumuladas ao longo de um ano particularmente desafiador para o varejo. “Temos também a troca de governo, juros altos, incertezas globais, duas guerras em andamento… O cenário econômico não está favorável”, destaca Cascão.
Como consequência, o faturamento do comércio eletrônico acumulou uma queda de 11,5% nos dez primeiros meses de 2023, se comparado ao mesmo período do ano passado. Esse contexto pode estar impulsionando a elevação dos preços como uma forma de compensar parte das perdas, especialmente considerando que novembro é normalmente um dos meses mais fortes em termos de vendas para o setor.
O black friday é uma tentativa de enganar os consumidores?
Outra explicação plausível, entretanto, é um tanto mais controversa e questionável do ponto de vista ético. Roberto Kanter, professor de MBAs da FGV (Fundação Getulio Vargas), sugere que algumas lojas podem estar criando uma “gordurinha” para, na Black Friday, poder oferecer descontos que pareçam maiores do que realmente são. Esse comportamento é conhecido como “Black Fraude”, gerando descontentamento entre os consumidores ao inflar os preços antes da sexta-feira de promoções para então retorná-los ao patamar normal.
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Direitos como consumidor!
Este tipo de prática é considerada enganosa e pode acarretar denúncias aos órgãos de defesa do consumidor. Além disso, penaliza a reputação das empresas e prejudica sua credibilidade no mercado. “A Black Friday já se consolidou como um importante mecanismo de vendas, e a estratégia de aproveitá-la para ter mais lucros é sempre um tiro no pé”, pontua Guilherme Dietze, economista da Fecomercio-SP.
O cliente que se sentir lesado por essa prática ilegal de maquiagem de preços deve formalizar a denúncia junto aos órgãos de defesa do consumidor, como o Procon e o Reclame Aqui. Para isso, é preciso provar o falso desconto por meio de prints, registros ou recibos. Porém, mesmo diante desse cenário, ainda é possível aproveitar a Black Friday e evitar as fraudes. Uma das dicas é utilizar sites e ferramentas de acompanhamento de preços, como Zoom, Buscapé, Google Shopping e Promobit.
