Descubra como a redução da taxa Selic pode aumentar o retorno dos seus investimentos em 2023
No cenário econômico atual, muitos têm dúvidas sobre qual o melhor investimento e como garantir uma boa rentabilidade. Esta é uma preocupação válida, principalmente para aqueles que investem em renda fixa, diante das possíveis mudanças na taxa Selic. Mas, ao contrário do que muitos pensam, é possível que os cortes na taxa básica de juros beneficiem os investidores.
Segundo especialistas financeiros, o Comitê de Política Monetária (Copom) deve iniciar o ciclo de cortes da taxa Selic a partir da próxima quarta-feira, que é dia 2. Isso tem levantado questões de como tal medida pode afetar os investimentos, principalmente em renda fixa. Diante dessas dúvidas, é importante esclarecer como essas mudanças podem influenciar o retorno dos investimentos.
Como a inflação impacta o retorno dos investimentos?
A inflação é um fator a ser considerado ao realizar qualquer tipo de investimento, pois está diretamente ligada à queda do poder de compra do dinheiro. Em 2022, a inflação oficial (IPCA) fechou o ano com 5,79%. Para 2023, a projeção é de 4,84%, de acordo com o Boletim Focus. Essa queda na inflação pode influenciar positivamente no retorno dos investimentos, incluindo aqueles de renda fixa.
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O que esperar da renda fixa em 2023?
Mesmo que a Selic seja reduzida em 1,75 ponto percentual até o final do ano, o retorno de investimentos em renda fixa não deve ser afetado. Na verdade, a expectativa é de um cenário melhor que o do ano anterior. Para exemplificar, um investidor que aplicou R$ 10.000 em um título prefixado do Tesouro Direto pode fechar o ano com R$ 10.415,15, já descontando o Imposto de Renda e a inflação. No ano passado, a, mesma aplicação alcançou um valor líquido de R$ 10.329,12 – ou seja, agora a mais é de R$ 86,03.
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Quais são as projeções para a inflação?
O Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, prevê uma queda na estimativa do IPCA para 2023. A previsão para a inflação do fim do ano reduziu de 4,90% para 4,84%. Para 2024, a projeção sofreu uma pequena diminuição, de 3,90% para 3,89%. Indicadores para 2025 e 2026 mantêm a mesma projeção, sendo de 3,50%. A meta para os próximos três anos foi acertada para 3%.
Fábio Gallo, professor de finanças da Fundação Getulio Vargas, reforça que essa direção da inflação pode influenciar mais o retorno real do que a própria Selic. Segundo ele, “mesmo que os juros caiam, e acho que vão cair mesmo, a Selic vai se manter em um patamar muito alto e o investidor não vai ter nenhum prejuízo com a renda fixa”.