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Dicas Estratégicas para Renegociar Dívidas e Reorganizar as Finanças em Tempos de Crise

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Num cenário de instabilidade econômica, diversas famílias brasileiras estão enfrentando desafios para equilibrar o orçamento. De acordo com levantamento da Confederação Nacional do Comércio (CNC), quase 30% das famílias no país possuem dívidas em atraso, sendo os principais fatores geradores o cartão de crédito e a alta inflação.

Diante dessa realidade, a importância de adotar estratégias eficientes para renegociar dívidas e reorganizar as finanças se faz cada vez mais necesária. Neste sentido, o especialista em educação financeira, Eduardo Filho da Ágora, traz algumas alternativas.

Como avaliar as taxas de juros?

O primeiro passo, segundo Eduardo, é prestar atenção na taxa de juros do crédito contraído. “É importante realizar uma comparação dessa taxa com outras presentes no mercado, a fim de avaliar se o empréstimo contratado é de fato vantajoso”, orienta o especialista.

Para essa averiguação, sugere-se a consulta ao site do Banco Central, que disponibiliza todas as taxas utilizadas pelas instituições financeiras.

Crédito consignado é uma alternativa a considerar?

Outra estratégia é a adesão ao crédito consignado, modalidade na qual o desconto é realizado diretamente no salário do trabalhador.

Por diminuir o risco da operação, o consignado costuma oferecer juros mais baixos, representando uma opção atraente, principalmente para as pessoas empregadas formalmente.

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Substituição de dívidas: o caminho para juros menores

Para quem já se encontra em situação de endividamento, a substituição das dívidas de juros mais altos por linhas de crédito de juros menores pode ser uma solução eficiente.

Essa prática, associada à renegociação dos valores com a instituição financeira, pode facilitar o pagamento e aliviar o peso das dívidas no orçamento familiar.

Antecipação do saque-aniversário do FGTS: renegociação e planificação

A antecipação do saque-aniversário do FGTS também é uma opção a ser considerada, já que essa modalidade de crédito tem menor risco e juros mais baixos. No entanto, como o dinheiro do saque será descontado futuramente, é essencial que haja planejamento e análise cautelosos antes dessa decisão.

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Dicas práticas de economia

  • Anotar as despesas: para ter um controle eficiente dos gastos, é recomendado anotar cada despesa realizada. Isso pode ser feito em planilhas, cadernos ou folhas avulsas;
  • Consumir conscientemente: antes de gastar, avalie se aquilo é realmente uma necessidade ou se pode esperar um pouco mais;
  • Moderar o lazer: diversão é importante, mas não deve comprometer os gastos fixos ou a reserva financeira. Por isso, modere as atividades de lazer;

Por fim, é necessário realizar um planejamento financeiro com a família, o que é fundamental para que o salário dure mais e todas as contas sejam pagas sem sufocos.

Educação Financeira: a saída para um endividamento crescente

Com a inflação em alta, muitas famílias recorrem a modalidades de crédito mais caras para manter o padrão de consumo, uma prática especialmente prejudicial para pessoas com menor conhecimento financeiro.

Eduardo Filho alerta que a educação financeira é fundamental na busca por soluções de longo prazo para as dívidas, evitando a repetição de erros e contribuindo para a sustentabilidade do orçamento familiar.

Portanto, com planejamento, conhecimento e estratégia, é possível driblar a instabilidade econômica, renegociar as dívidas e reorganizar as finanças. A chave é lembrar que, mesmo na adversidade, existem caminhos a serem trilhados para a saúde financeira e o bem-estar das famílias brasileiras.