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Entenda o Impacto das Queimadas na Amazônia que Emitiram toneladas de CO2!

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De junho a agosto de 2024, a Amazônia brasileira emitiu 31 milhões de toneladas de CO2, um número alarmante que equivale às emissões de todo o Reino Unido em um único mês. Atualmente, o Brasil é o sexto maior emissor global de gases de efeito estufa, liberando cerca de 2,3 bilhões de toneladas de gases anualmente.

O aumento significativo de gases na atmosfera tem um impacto direto nas mudanças climáticas. Além de liberar CO2, as queimadas na Amazônia emitem metano (CH4), monóxido de carbono (CO) e óxido nitroso (N2O). Esse fenômeno intensifica o efeito estufa, resultando no aquecimento global.

Impacto das Queimadas na Amazônia:

As árvores da Amazônia desempenham um papel vital no equilíbrio climático. Elas absorvem CO2 durante a fotossíntese e liberam oxigênio. No entanto, com as queimadas, grandes quantidades de carbono são devolvidas à atmosfera, exacerbando o efeito estufa.

Pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) têm coletado dados na Amazônia para analisar os gases liberados pelos incêndios. Em alguns locais, a floresta, em vez de sequestrar carbono, tem liberado mais CO2 do que absorve, especialmente em áreas severamente afetadas pelos incêndios.

Como o Brasil Pode Reduzir Suas Emissões de Gases de Efeito Estufa?

A meta do Brasil é reduzir suas emissões de gases de efeito estufa em 48% até 2025. Entretanto, esse objetivo é desafiador, considerando o aumento das emissões no setor de combustíveis fósseis e o desmatamento.

Uma das alternativas viáveis é o reflorestamento. No Pará, o pecuarista Sadir Schimid tomou a iniciativa de reflorestar parte de sua fazenda, plantando 400 mil mudas de espécies nativas da Amazônia. Esse esforço não só beneficia o meio ambiente, mas também gera lucro por meio da venda de créditos de carbono.

As Soluções do Observatório do Clima:

O Observatório do Clima sugere que o Brasil precisa reduzir suas emissões líquidas de gases de efeito estufa em 92% até 2035. Isso equivaleria a limitar as emissões a 200 milhões de toneladas anuais, comparado aos níveis de 2005.

Entre as estratégias propostas para alcançar essa redução, incluem-se:

  • Diminuir o desmatamento a quase zero, limitando-o a no máximo 100 mil hectares por ano a partir de 2030;
  • Recuperar 21 milhões de hectares de vegetação;
  • Aumentar o sequestro de carbono no solo por meio de práticas agropecuárias de baixa emissão;
  • Fazer a transição energética dos combustíveis fósseis para fontes renováveis;
  • Melhorar a gestão de resíduos, universalizando o saneamento e acabando com os lixões.

O Brasil pode aproveitar a oportunidade para liderar na transição para uma economia verde. Essas medidas, além de serem benéficas para o meio ambiente, podem impulsionar a economia e promover a sustentabilidade.