Estiagem no RJ: Cedae alerta para economia de água em Niterói e São Gonçalo. Confira:
Em meio à seca prolongada que assola o Estado do Rio de Janeiro, a Companhia de Águas e Esgotos (Cedae) pediu à população das regiões de São Gonçalo, Niterói, Maricá e Acarí que economizem água. O sistema de abastecimento Imunana-Laranjal, que atende às mencionadas localidades, está operando em capacidade máxima, mas a previsão de estiagem pode comprometer o atendimento nos próximos dias.
O sistema Imunana-Laranjal, que capta água no Canal de Imunana formado pelos rios Guapiaçu e Macacu no município de Guapimirim, tem enfrentado uma redução na disponibilidade hídrica dos mananciais devido à falta de chuvas. Diante dessa situação, a população é aconselhada a usar água de forma consciente para evitar futuras dificuldades.
Sistema Imunana-Laranjal e Risco de Redução no Abastecimento
A ausência de chuvas tem impactado diretamente a capacidade de captação de água do sistema Imunana-Laranjal. Esse é um problema sério, pois esse complexo de abastecimento é crucial para São Gonçalo, Niterói, Itaboraí (que recebe água bruta) e partes de Maricá, como Inoã e Itaipuaçu. Sem a normalização do regime de chuvas, o abastecimento de água poderá ser limitado nessas regiões.
Daniel Okumura, diretor de Saneamento e Grande Operação da Cedae, frisou a importância da cooperação dos cidadãos nesse momento. Segundo ele, a seca prolongada dos últimos anos coloca em risco até os sistemas mais robustos.
Como a Estiagem Afeta o Sistema Acari?
As represas do sistema Acari (Tinguá, Xerém, Rio d’Ouro, São Pedro e Mantiquira) também estão sentindo os efeitos da seca histórica dos últimos 5 anos. Essas unidades, que captam água de mananciais menores, dependem diretamente das chuvas para garantir o funcionamento total do sistema. A precariedade das chuvas tem sido um desafio adicional.
Embora a integração do sistema Acari com outros sistemas produtores da Cedae o afete menos, a realidade é que sem chuvas, a capacidade de enviar água aos pontos críticos da Baixada Fluminense diminui consideravelmente. A concessionária Águas do Rio, que gerencia a distribuição na região afetada, tem realizado manobras para redirecionar a água do Sistema Guandu para essas localidades.
Cedae: O Que Fazer Para Economizar Água Durante a Estiagem?
Para auxiliar a Cedae e as concessionárias Águas do Rio e Águas de Niterói, a população pode seguir algumas práticas simples de economia de água. Aqui estão algumas dicas:
- Reduza o tempo no banho.
- Evite lavar o carro e calçadas com mangueiras.
- Utilize um regador para regar as plantas ao invés de usar a mangueira.
- Adie tarefas que demandem grande consumo de água, como lavar roupas em excesso.
- Verifique consertos de vazamentos em torneiras e tubulações.
A Cedae monitora frequentemente o nível dos rios e fornece atualizações constantes da situação. O uso equilibrado da água é fundamental para que a disponibilidade hídrica se mantenha regular até a chegada de chuvas que possam normalizar os mananciais.
Como a Cedae e Concessionárias Estão Enfrentando a Crise?
A Cedae e as concessionárias estão trabalhando em conjunto para minimizar os impactos da estiagem. Suas medidas incluem manobras técnicas e operacionais para redirecionar a água de áreas menos afetadas para os locais mais críticos. O Sistema Guandu opera com 100% da capacidade e tem sido essencial nessa estratégia, garantindo que, apesar da seca, as áreas afetadas ainda recebam água.
A colaboração entre a Cedae e as concessionárias Águas do Rio e Águas de Niterói demonstra a importância de uma gestão integrada dos recursos hídricos para enfrentar períodos de estiagem. O diretor Daniel Okumura afirma que esse é um esforço contínuo, envolvendo monitoramento constante e ajustes nas operações conforme necessário.
No entanto, o papel da população é igualmente crucial. O uso consciente da água não só ajuda a superar a crise atual, mas também contribui para a preservação dos recursos hídricos a longo prazo. Com a previsão de mais dias de estiagem pela frente, o apelo para economizar água é mais urgente do que nunca.