FGTS: A Batalha no STF que Pode Atingir seu Bolso – Decisão Urgente
Iniciando nesta quarta-feira a revisão de um tema crucial, o Supremo Tribunal Federal (STF) concentra suas atenções na análise da correção monetária dos saldos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Este julgamento poderá influenciar diretamente a economia dos trabalhadores brasileiros que contam com esses recursos para distintas finalidades.
Atualmente, o STF se debruça sobre três principais propostas de correção desses recursos. Essa revisão ganha contornos de decisão complexa, diante das diferentes propostas apresentadas pelos ministros e das consequências financeiras significativas para os cofres públicos.

Qual a Proposta do Ministro Luís Roberto Barroso?
No início dos debates, o ministro Luís Roberto Barroso propôs que a nova taxa de correção do FGTS entrasse em vigor apenas em 2026, atribuindo esse adiamento à recente tragédia ocorrida no Rio Grande do Sul. Antes disso, ele havia indicado um início para 2025. Dessa forma, sua proposta visa adequar a correção dos saldos ao rendimento mínimo equivalente ao da caderneta de poupança, mas somente aplicável a partir da decisão.
Quais são as Outras Posições sobre a Correção do FGTS?
Ao longo da sessão, surgiram opiniões divergentes. Enquanto dois ministros votaram a favor da manutenção do sistema de remuneração atual, outro ministério sugeriu ajuste para a correção atingir o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Importante salientar que, até o momento, nenhum ministro apoiou a ideia de um pagamento retroativo dos saldos atualizados, minimizando assim um possível impacto alarmante para os cofres públicos, estimado em R$ 295,9 bilhões caso essa medida fosse adotada.
O Impacto Financeiro da Proposta de Barroso
A proposta de Barroso, se confirmada, resultaria num impacto de R$ 19,9 bilhões em seis anos para os cofres públicos. Esta modificação, segundo especialistas, poderia oferecer uma correção mais justa no contexto da inflação atual, porém, traz desafios significativos do ponto de vista fiscal.
A posição da Advocacia-Geral da União (AGU)
- A AGU defende a manutenção da fórmula atual de correção com base na Taxa Referencial (TR), que, apesar de baixa, é considerada institucionalmente apropriada
- Porém, estabelece que, caso esta correção não atinja o IPCA, cabe ao Conselho Curador do FGTS decidir sobre a melhor forma de compensação.
Qual é o papel social do FGTS?
O FGTS não apenas protege o trabalhador demitido sem justa causa com uma reserva financeira, mas também desempenha uma importante função social. Os recursos do fundo são essenciais para financiamento da habitação popular, demonstrando a dupla função, tanto individual quanto social, dessa aplicação.
Este julgamento no STF não é apenas uma decisão monetária, mas também uma reflexão sobre equidade e proteção social. O debate atual reforça a natureza complexa e multifacetada do FGTS na vida econômica e social do Brasil.