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Golpe do ‘PIX errado’: Saiba como os Criminosos Agem e como não Ser Enganado!

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O aumento do uso do PIX trouxe praticidade para milhões de brasileiros, mas também abriu espaço para fraudes financeiras cada vez mais sofisticadas. Normalmente, o dinheiro da vítima passa por uma ou várias “contas-mula”, dificultando o rastreio. De lá, o dinheiro chega aos fraudadores ou é convertido em ativos digitais. Veja a seguir como se proteger desse tipo de golpe.

Recentemente, uma situação preocupante tem sido observada: os próprios clientes iniciam a transação sem perceber que estão sendo enganados. Portanto, entenda como esses golpes acontecem e o que fazer para se proteger.

Como a fraude acontece?

Segundo Cleber Martins, da ACI Worldwide, há dois principais caminhos usados pelos criminosos para que as técnicas de engenharia social se tornem eficazes:

  • Convencimento: O criminoso tenta convencer a vítima de que aquele é um bom negócio ou que aquele pagamento precisa ser feito.
  • Confiança herdada: O golpista clona o WhatsApp de familiares ou amigos e pede dinheiro, ou estabelece algum vínculo de confiança com a vítima.

“Já vemos até criminosos usando inteligência artificial para ter uma conversa mais alinhada com o que a vítima espera”, explicou o executivo. Tipos de crimes que envolvem confiança herdada são os que mais crescem.

Quais as principais fraudes que acontecem no Brasil?

Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), as principais tentativas de golpes praticadas no país usando o PIX como meio de pagamento incluem:

Golpe do falso funcionário de banco:

O fraudador entra em contato com a vítima se passando por um falso funcionário de banco. Ele pode oferecer ajuda para cadastrar uma chave PIX ou afirmar que precisa fazer um teste para regularizar um suposto cadastro.

Golpe do falso recibo:

Os fraudadores forjam um recibo do PIX utilizando dados que aparentam ser legítimos. “Entretanto, quando o recebedor do recurso vai checar sua conta, descobre que o dinheiro nunca foi transferido”, afirmou a federação.

Golpe do falso WhatsApp:

Aqui, o criminoso envia uma mensagem se passando por uma empresa em que a vítima tem cadastro. Após obter o código de segurança enviado por SMS, consegue replicar a conta da vítima em outro celular, pedindo dinheiro aos contatos dela via PIX.

Golpe do falso leilão:

Golpistas criam sites falsos de leilão, oferecendo produtos por preços muito abaixo do valor de mercado. Depois, pedem transferências, mas nunca entregam as mercadorias.

Golpe do acesso remoto:

Conhecido como “Golpe da Mão Fantasma”, o fraudador se passa por um falso funcionário de banco, enviando um link para instalação de um aplicativo que supostamente solucionaria um problema. Desse modo esse app, na verdade, é um malware que dá acesso a todos os dados da vítima.

O que o sistema financeiro tem feito para prevenir fraudes?

Segundo a Febraban, os bancos têm investido massivamente em campanhas de conscientização e esclarecimento. “Pare, pense e desconfie. Além disso, o cliente sempre deve suspeitar quando recebe uma mensagem de algum contato dizendo estar em alguma situação de emergência”, alertou Adriano Volpini, da Febraban.

“Os dados pessoais do cliente jamais são solicitados ativamente pelas instituições financeiras. Bancos nunca ligam para fazer testes com o PIX, transações, pagamentos ou estornos”, acrescentou.

Como se proteger?

Mesmo com a maior quantidade de informações sobre prevenção a fraudes, algumas dicas são essenciais:

  • Nunca realize ligações para números recebidos em SMS ou mensagens. Ligue sempre para a central de atendimento do seu banco.
  • Os bancos ligam para confirmar transações suspeitas, mas nunca pedem senhas, tokens ou outros dados pessoais.
  • Desconfie de ofertas fáceis ou que exigem urgência.
  • Verifique se o dinheiro caiu na conta antes de entregar produtos em transações comerciais.
  • Habilite a “Verificação em duas etapas” no WhatsApp e outros aplicativos bancários.
  • Evite expor dados pessoais nas redes sociais. Não faça PIX sem confirmar a identidade do solicitante.
  • Pesquise sobre empresas de leilão antes de fechar negócios e verifique o CNPJ do leiloeiro.
  • O banco nunca pede para instalar aplicativos via mensagens ou chamadas telefônicas. Se isso acontecer, desconfie.

Seguir essas recomendações pode ajudar a reduzir os riscos e aumentar sua segurança ao usar o PIX. Lembre-se: a prevenção é sempre o melhor remédio.