Jornal dia
Seu jornal de notícias

Governo planeja cortes drásticos em BPC e outros benefícios

0

Em recente declaração, a ministra Simone Tebet, responsável pelo Planejamento, colocou em pauta uma ampla revisão dos gastos da União. Em meio à crescente pressão por redução de despesas, Tebet destacou a necessidade de avaliar programas críticos como o seguro-desemprego, o BPC (Benefício de Prestação Continuada), o abono salarial e a previdência dos militares. Este posicionamento foi apresentado durante uma sessão da Comissão Mista de Orçamento do Congresso.

Neste contexto, o governo se depara com a difícil tarefa de equilibrar cortes necessários enquanto minimiza impactos sociais. A decisão vem no rastro do Congresso rejeitar medidas que elevavam a carga tributária sobre empresas, intensificando a busca por soluções alternativas para balancear as contas públicas.

Como usar o Atestmed para pedir auxílio-doença, BPC e outros benefícios do INSS!
Entenda os cortes pretendentes ao auxílio-doença, BPC e outros benefícios do INSS!

Por que Revisar o BPC e Outros Benefícios?

No intuito de contornar o déficit público, Tebet argumenta que é essencial reexaminar as amarras existentes em benefícios vinculados ao salário mínimo. Esta conexão eleva significativamente os custos ao governo, projetando um dispêndio superior a R$ 1,3 trilhão na próxima década. A ideia, segundo ela, não é desvincular todos os benefícios abruptamente, mas sim promover uma discussão criteriosa sobre quais ajustes seriam mais adequados e sustentáveis a longo prazo.

Qual a Posição do Governo Sobre a Reforma da Previdência dos Militares?

A ministra Tebet foi enfática ao ressaltar a necessidade de olhar para o que chamou de “andar de cima”, referindo-se especificamente à previdência dos militares. Com um desequilíbrio marcante, onde a relação entre receitas e despesas foi de apenas 15,5% em 2023, comparado aos 41,7% dos servidores civis, a reforma nesse segmento parece não só necessária, mas urgente.

Impacto das Vinculações Constitucionais em Educação e Saúde

Além dos benefícios sociais, Tebet apontou a regra constitucional que vincula um percentual das receitas federais a despesas com educação e saúde. Segundo a ministra, essa vinculação provoca um crescimento acelerado desses gastos, comprometendo a capacidade do governo de financiar outras áreas. Uma revisão desses percentuais, sem necessariamente diminuir a porcentagem destinada, mas reavaliando como os recursos são empregados, poderia proporcionar uma maior flexibilidade orçamentária.

A Perspectiva de Modernização do Orçamento Federal

Diante dos desafios apresentados, Tebet enfatiza que a revisão de gastos deve ser vista como um meio para atingir a modernização do orçamento, e não um fim em si. Tal modernização é fundamental para a consecução da meta de resultado primário, projetada como zero para 2024. Esse processo presume a colaboração contínua entre o governo e o Congresso para a criação de estratégias eficazes que garantam o equilíbrio fiscal sem prejudicar o desenvolvimento social e econômico do país.