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Lula Critica a Eficácia da ONU em Evento em Nova York; Confira as falas do Presidente

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Na véspera de sua participação na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva fez um discurso contundente em Nova York, onde direcionou críticas à instituição. Lula argumentou que a ONU, desde sua criação, não conseguiu acompanhar as mudanças globais e falhou em prevenir conflitos. Ele também destacou a falta de “coragem” da organização para criar o Estado Palestino.

A sessão com chefes de Estado na Assembleia-Geral da ONU está programada para começar nesta terça-feira, 24 de setembro de 2024. Tradicionalmente, o presidente do Brasil é o primeiro a discursar na sessão, uma homenagem ao papel histórico do país na fundação da ONU.

A Relevância do Discurso de Lula na ONU

Lula participou da premiação anual da iniciativa Goalkeepers, organizada pela Fundação Bill e Melinda Gates. Durante a cerimônia, ele foi homenageado por sua contribuição para os objetivos de desenvolvimento sustentável, focando na erradicação da pobreza e combate à fome. A premiação, estabelecida em 2017, reconhece líderes mundiais que têm impacto significativo nas causas sociais.

Quais são as Críticas de Lula à ONU?

Segundo Lula, a ONU, criada com 51 países membros, hoje conta com 193 nações, destacando que muitos países foram excluídos do processo inicial de criação. Ele criticou a organização por não ter “coragem” de estabelecer o Estado Palestino, mesmo tendo “força” para criar o Estado de Israel em seu início.

  • Lula afirmou que a ONU não conseguiu impedir a guerra entre Rússia e Ucrânia.
  • Ele comentou que o genocídio na Faixa de Gaza poderia ter sido evitado.
  • Mencionou a invasão da Líbia e a guerra do Iraque como exemplos de falhas da ONU.

Para Lula, essas questões refletem a ineficácia da ONU em atuar como um verdadeiro órgão de governança mundial, incapaz de prevenir guerras e conflitos.

O Papel da ONU no Cenário Atual de Conflitos

A crítica de Lula não se restringe apenas à ausência de uma política eficaz de prevenção de guerras; ele argumenta que a ONU perdeu sua força ao longo dos anos. O presidente brasileiro acredita que, se a organização tivesse cumprido sua tarefa inicial de ser uma espécie de governança global, muitos dos conflitos poderiam ter sido evitados.

Em seu discurso, Lula ressaltou que:

  1. A ONU deveria ter força de decisão para evitar a guerra entre Rússia e Ucrânia.
  2. O genocídio que ocorre na Faixa de Gaza é uma falha de governança global.
  3. A invasão da Líbia e a guerra do Iraque são exemplos de conflitos que poderiam ter sido prevenidos.

A ONU Precisa de Reformas?

A fala de Lula levanta questões importantes sobre a necessidade de reformar a ONU. Com quase 100 países a mais do que na sua criação, a estrutura e mecanismos da organização parecem estar defasados para lidar com os desafios modernos. Lula acredita que a ONU precisa de uma renovação para se tornar uma entidade realmente eficaz na mediação e prevenção de conflitos globais.

O debate sobre a reforma da ONU não é novo, mas ganha força quando líderes mundiais como Lula expressam suas preocupações. O evento Goalkeepers serviu como um palco adequado para essas críticas, especialmente dado o foco na sustentabilidade e no desenvolvimento global.

Qual o Futuro da ONU Segundo Lula?

Para Lula, a solução envolve a redefinição do papel da ONU como uma entidade capaz de exercer poder decisório e de intervenção em conflitos. Ele conclui que sem essa transformação, a organização continuará a falhar em sua missão global de preservação da paz e da segurança.

Em um mundo cada vez mais complexo e multipolar, a ONU enfrenta novos desafios que exigem respostas ágeis e decididas. Segundo Lula, se a entidade não for reformada, os objetivos de formação de uma governança mundial justa e pacífica continuarão sendo apenas ideais distantes.