Nova Carteira de Identidade Nacional: Modernização, Segurança e Integração para os Brasileiros
A implementação da nova Carteira de Identidade Nacional (CIN) marca um avanço significativo no Brasil, apresentando um formato unificado que usa o CPF como número de identificação. Este documento é visto como uma chance para reduzir fraudes e otimizar políticas públicas, além de ser gratuito na primeira emissão e disponibilizar versão online com QR Code acessível via conta gov.br.

Desde sua introdução, mais de 17,3 milhões de CINs já foram emitidas, e o objetivo do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos é alcançar 130 milhões de emissões até 2026. Para atingir essa meta, a pasta trabalha em conjunto com os estados e conta com financiamento do Fundo Nacional de Segurança Pública.
Quais são os Benefícios da Nova Identidade Digital?
O modelo padronizado da CIN promete reduzir o chamado Custo Brasil ao simplificar o ambiente de negócios, como também facilitar a integração de dados para tornar as políticas públicas mais eficazes. Essa identificação digital visa uma economia processual significativa, como apontado pela consultoria McKinsey, que prevê um aumento de até 13% no PIB brasileiro com sua adoção até 2030.
Especialistas também destacam a importância de uma identidade digital única para melhorar a qualidade dos serviços públicos e assegurar um ambiente de negócios seguro, segundo Rogério Mascarenhas, secretário de Governo Digital. Porém, há um alerta sobre os riscos associados à digitalização crescente, especialmente em relação à segurança cibernética.
Como a Segurança Digital Está Sendo Gerenciada?
Com a migração para plataformas digitais, como a gov.br, surgiu a necessária preocupação com a segurança dos usuários. Especialistas apontam para o aumento de tentativas de roubo de dados, exigindo medidas de proteção robustas. No Brasil, o aumento da segurança tem sido atingido parcialmente através de mecanismos de dupla autenticação e a categorização de contas em níveis como ouro, prata e bronze.
Além disso, parcerias estratégicas com bancos comerciais buscam fortalecer a segurança nos processos de autenticação. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) está em diálogo com a Secretaria de Governo Digital para aproveitar dados da CIN, melhorando os processos de verificação de clientes nas instituições financeiras.
Qual é a Situação das Emissões da CIN nos Estados?
Atualmente, o Piauí lidera em termos de emissões proporcionais da CIN com mais de 27% da população local já inserida. Já São Paulo, apesar de ser o estado mais populoso e rico, ainda não figura entre os primeiros na lista de emissões totais, ficando atrás de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.
São Paulo enfrenta o desafio de logística complexa e ainda opera com modelos híbridos de identidade. Contudo, esforços foram direcionados na contratação de novos funcionários para agilizar o processo de emissão. Já no Piauí, um programa pioneiro entrega a CIN aos recém-nascidos, facilitando o acesso imediato a direitos e benefícios sociais.
O Futuro da Carteira de Identidade Nacional
A CIN será obrigatória a partir de 2032, exceto para pessoas com 60 anos ou mais que terão a opção de manter seu documento antigo. A expectativa é que, com o tempo, a nova identidade se torne integral em todos os aspectos da vida do brasileiro, desde o nascimento até a morte, integrando-se efetivamente nas políticas públicas do país.
Ao fomentar a adoção precoce da nova identidade, o governo visa não apenas garantir segurança, mas também otimizar a administração pública e melhorar a concessão de benefícios sociais de forma ampla e eficaz. Este passo representa uma significativa modernização nos documentos de identificação do Brasil, alinhando-se com práticas avançadas de identificação digital globais.