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Opinião do CEO da Azul sobre o impacto insuficiente do Voa Brasil no setor aéreo

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A crescente demanda por viagens aéreas acessíveis leva a várias iniciativas, com o programa federal Voa Brasil se destacando como uma medida promissora. Lançado oficialmente após alguns adiamentos, o Voa Brasil tem o objetivo de revitalizar o turismo interno oferecendo tarifas reduzidas para segmentos específicos da população.

O CEO da Azul, John Rodgerson, mostra-se otimista quanto ao potencial do programa para incentivar o mercado, mas ressalva que são necessárias soluções para problemas estruturais do setor aéreo. A tributação elevada e o alto custo do querosene são alguns dos obstáculos mencionados que impedem uma expansão mais substancial do mercado aéreo brasileiro em comparação a outros países, como o Chile.

Programa Voa Brasil com passagens aéreas a partir de R$200! NÃO PERCA!
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O que o Voa Brasil cogita alterar no mercado de viagens aéreas?

O programa Voa Brasil visa oferecer passagens aéreas a preços mais acessíveis, até R$ 200, para alunos do Prouni e aposentados. Essa iniciativa poderá fomentar não apenas o aumento do fluxo de passageiros, mas também a utilização de voos em horários de menor demanda, conforme destacado por Alex Malfitani, CFO da Azul. Contudo, ele reconhece que para uma mudança duradoura, será essencial abordar questões mais profundas relacionadas à estrutura de custos das companhias aéreas.

Como a Azul planeja se adaptar às novas condições de mercado?

Após enfrentar os desafios impostos pela pandemia de Covid-19 e realizar ajustes operacionais significativos, a Azul olha novamente para o crescimento. A ampliação dos hubs em Belém, Cofins e Recife e a previsão de expansão para mais dez cidades este ano são movimentos que indicam a fase de recuperação e expansão que a companhia aérea deseja consolidar. Segundo Rodgerson, estas estratégias estão alinhadas com o aumento de demanda observado à medida que o país continua sua trajetória de crescimento econômico.

Contudo, a discussão não se limita a estratégias operacionais. A Azul e outras companhias aéreas ainda buscam dialogar com o governo sobre políticas de longo prazo que aliviem o ônus tributário e reduzir os custos operacionais, principalmente em relação aos preços do combustível.

Impactos Financeiros e Perspectivas Futuras para a Azul

O balanço financeiro da Azul reflete uma trajetória de recuperação. O último trimestre mostrou um lucro líquido de R$ 403,3 milhões, representando um aumento significativo em relação ao ano anterior. Embora o ano tenha sido concluído com um prejuízo líquido, houve uma melhora considerável em relação a 2022. A melhoria contínua do Ebitda e o aumento da receita reforçam que as estratégias adotadas estão no caminho certo.

Esses resultados são um testemunho claro da resiliência e da capacidade de adaptação da Azul diante de um ambiente de mercado desafiador. Com a implementação do programa Voa Brasil e a continuação de políticas que visam reduzir os custos operacionais, esperam-se ainda mais melhorias e um fortalecimento do setor aéreo no Brasil.