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Ozempic Pode Combater Vícios e Transtornos Mentais? Estudo Revela!

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Recentes avanços na pesquisa médica sugerem que medicamentos utilizados para tratar diabetes e obesidade podem ter efeitos além do esperado, com potencial para reduzir riscos de transtornos mentais e dependência química. Pesquisadores estão estudando como os medicamentos, como o Ozempic e o Wegovy, conhecidos por sua eficácia no controle do peso, influenciam condições psicológicas e comportamentais.

Um amplo estudo realizado pelo sistema de saúde Veterans’ Affairs em St. Louis, nos Estados Unidos, analisou dados de mais de 1,2 milhão de registros médicos, apontando possíveis reduções no risco de problemas causados por substâncias como álcool, maconha e opioides, além de uma diminuição em pensamentos suicidas e distúrbios psiquiátricos.

Como os GLP-1RAs podem influenciar o comportamento?

Os medicamentos conhecidos como agonistas do receptor do peptídeo-1 semelhante ao glucagon (GLP1-RAs) são o foco destas novas descobertas. Com ingredientes ativos como o do ozempic (semaglutida), dulaglutida e liraglutida, os GLP1-RAs são reconhecidos por sua atuação em áreas do cérebro ligadas ao controle de impulsos e recompensa. Tal ação pode explicar seus efeitos no apetite e potencial contribuição para o tratamento de vícios.

Apesar dessas promessas, os estudos vêm acompanhados de ressalvas. Reações adversas já conhecidas, como náuseas e disfunções pancreáticas ou renais, foram identificadas. Esses medicamentos não são soluções rápidas ou passagens diretas para melhorias de saúde, requerendo uso contínuo e acompanhado por profissionais de saúde.

Créditos: depositphotos.com / IgorVetushko

Os benefícios potenciais justificam o uso ampliado?

A necessidade de pesquisas mais profundas evidencia a complexidade do uso dos GLP-1RAs, já que os resultados até agora surgem de estudos observacionais. Especialistas alertam que esses estudos não devem ser a única base para práticas clínicas, devido a conclusões precipitadas em pesquisas anteriores, como sobre a metformina.

A predominância de homens brancos entre os participantes da pesquisa representa uma limitação importante, destacando a necessidade de estudos mais diversificados para se obterem resultados mais amplamente aplicáveis. Essa limitação pode influenciar a generalização dos efeitos terapêuticos dos medicamentos em populações distintas.

Qual o próximo passo na pesquisa com GLP1-RAs?

A comunidade científica foca em ensaios clínicos para confirmar os efeitos dos GLP-1RAs, visando garantir que os médicos os utilizem com confiança no tratamento de transtornos mentais e dependência de substâncias, além de seus usos tradicionais.

Embora o estudo seja promissor, pesquisadores e profissionais de saúde devem agir com cautela, aguardando mais evidências. O acompanhamento de grandes populações e variabilidade demográfica garantirá que futuras recomendações sejam tanto eficazes quanto inclusivas.