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Por que meu filho está sempre espirrando?

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A rinite alérgica é uma condição comum entre crianças em idade escolar, afetando cerca de 25% delas. Caracteriza-se pela inflamação da mucosa nasal, provocando sintomas como nariz entupido, coriza e coceira. Esses sintomas podem prejudicar o dia a dia das crianças, especialmente no ambiente escolar, onde a concentração é fundamental.

Essa doença é frequentemente desencadeada por alérgenos como ácaros, mofo e pólen. Além disso, substâncias irritantes, como poluentes e fragrâncias, podem agravar os sintomas. Quando os alérgenos entram em contato com o corpo, eles interagem com anticorpos, liberando substâncias que causam desconforto.

Quais doenças costumam vir junto com a rinite alérgica?

A rinite alérgica não se limita apenas à inflamação nasal; ela pode resultar em doenças associadas chamadas comorbidades. Tais condições incluem asma, sinusite e otite, que são comuns e podem piorar o quadro geral. Essas comorbidades muitas vezes dificultam o diagnóstico preciso da rinite, levando a tratamentos inadequados.

A gravidade das comorbidades pode variar, mas sintomas como espirros e obstrução nasal podem ser persistentes. Se não tratada corretamente, a rinite pode desencadear manifestações sistêmicas que afetam outras partes do corpo.

Criança aplicando remédio no nariz -Créditos: depositphotos.com / benedamiroslav

Quais são as consequências da má respiração em crianças?

A obstrução nasal crônica devido à rinite alérgica frequentemente faz com que as crianças respirem pela boca. Isso pode levar a uma série de problemas, como má oclusão dentária e alterações na fala. Além disso, a respiração bucal pode comprometer a qualidade do sono, resultando em cansaço e irritabilidade.

A repetida necessidade de respirar pela boca pode alterar a postura e afetar o desenvolvimento físico, emocional e intelectual das crianças. Isso se deve ao fato de que a respiração bucal não permite o aquecimento e filtração adequados do ar inalado.

Como tratar melhor a rinite alérgica na infância?

  1. Identificar e evitar alérgenos: Tente descobrir o que causa as crises (poeira, ácaros, mofo, pelos de animais, etc.) e evite o máximo possível. Manter o ambiente limpo e arejado ajuda bastante.
  2. Manter o ambiente limpo: Use aspiradores com filtro HEPA, lave roupas de cama e brinquedos com frequência e evite cortinas pesadas que acumulam poeira.
  3. Uso de medicamentos: Consultar um pediatra para usar medicamentos indicados, como anti-histamínicos ou sprays nasais com corticoide, sempre seguindo as orientações médicas.
  4. Soluções salinas nasais: O uso de soro fisiológico para lavar o nariz pode ajudar a aliviar a congestão nasal.
  5. Evitar exposição a fumo e poluição: Fumar perto das crianças pode piorar os sintomas. Procure ambientes mais limpos e com boa ventilação.
  6. Acompanhamento médico regular: É importante ter o acompanhamento de um pediatra ou alergista para monitorar o quadro e ajustar o tratamento conforme necessário.

Essas são algumas práticas que ajudam a controlar a rinite alérgica, mas sempre consulte um médico para um plano de tratamento personalizado.

Qual a importância do diagnostico precoce?

Um diagnóstico correto e precoce da rinite alérgica é crucial para prevenir complicações. Recomenda-se um tratamento multidisciplinar que envolva não apenas alergistas, mas também outros profissionais de saúde, como dentistas e fonoaudiólogos, para abordar todas as complicações potencialmente associadas.

Com um tratamento adequado, é possível melhorar a qualidade de vida das crianças afetadas, reduzindo o impacto negativo no desempenho escolar e no bem-estar geral. A conscientização sobre a rinite alérgica como uma doença sistêmica desempenha um papel vital na otimização dos resultados do tratamento.