Revisão do FGTS vai encarecer? Financiamento de Casa Própria pode Aumentar!
O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) está prestes a passar por uma significativa mudança que pode influenciar diretamente no financiamento da casa própria no Brasil. Por um lado, o aumento no rendimento das contas vinculadas ao FGTS pode parecer benéfico. Por outro lado, essa alteração pode levar a um encarecimento nos financiamentos habitacionais.
Por que a mudança no FGTS?

A origem desse dilema está na retomada de um julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF), onde se analisa uma ação que pede uma revisão no rendimento das contas do FGTS entre os anos de 1999 a 2013. A ação pleiteia a aplicação do mesmo índice usado na poupança, que é considerado mais rentável em relação ao atualmente utilizado.
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Impacto para o mercado imobiliário
Diante dessa situação, o mercado imobiliário se encontra em alerta. Segundo especialistas, se a rentabilidade do FGTS aumentar, o valor que as construtoras terão que pagar pelas obras financiadas poderá sofrer aumento. Uma consequência direta disso seria o repasse desse custo adicional para o valor final dos imóveis, encarecendo a aquisição da casa própria.
Cristiano Corrêa, coordenador dos cursos de MBA em negócios no Ibmec SP, afirma que: “O dinheiro colocado no FGTS é emprestado para o financiamento de novas obras. A Caixa, banco que administra o FGTS, empresta dinheiro para construtoras. Ela cobra uma taxa mais alta pelo dinheiro emprestado e paga 3% de rentabilidade nas contas. Essa diferença chama spread, a diferença entre o valor que ela paga pelo dinheiro e o que ela recebe, e isso diminuiria com um aumento na rentabilidade das contas do FGTS”.
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Desfecho em 2025
Espera-se que a decisão sobre o aumento na rentabilidade do FGTS saia apenas em 2025. Caso o STF aprove a revisão, a expectativa do mercado é de aumento nos preços dos financiamentos habitacionais.
A defesa dos trabalhadores aposta na sensibilidade do STF diante das implicações dessa mudança. Para Luiz França, presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), tal mudança pode gerar um impacto negativo considerável.
Enquanto a decisão final não é proferida, a incerteza ronda o mercado de financiamentos habitacionais, podendo impactar tanto na realização do sonho da casa própria para muitas famílias brasileiras, quanto nas operações de construtoras e no lucro da Caixa.