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Saiba quem é Gabriel Galípolo, Novo Presidente do Banco Central

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Nesta terça-feira (8), o Senado aprovou a indicação de Gabriel Galípolo para assumir a presidência do Banco Central. A votação no plenário resultou em 66 votos favoráveis e 5 contrários, coroando um processo que já havia obtido o aval unânime da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) mais cedo. A expectativa pela aprovação já era grande, principalmente por conta do apoio explícito de senadores tanto da base governista quanto da oposição.

A trajetória de Galípolo até aqui tem sido marcada por importantes alianças políticas. Assim que foi indicado pelo governo de Lula, sucedendo Roberto Campos Neto, o economista iniciou um intenso ciclo de reuniões com senadores para garantir o respaldo necessário. Neste contexto, a visita ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, juntamente com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou-se como um fator crucial para consolidar sua indicação.

Quem é Gabriel Galípolo, o novo presidente do Banco Central?

Economista de formação, Gabriel Galípolo não é um nome novo no cenário político brasileiro. Desde a campanha eleitoral de 2021, ele se destacou como um dos principais conselheiros do então candidato Fernando Haddad, cativando a confiança do presidente Lula. Com uma carreira que inclui atuação como secretário-executivo no Ministério da Fazenda, não foi surpresa sua escolha para liderar o Banco Central em um momento econômico conturbado.

Formado em Ciências Econômicas pela PUC-SP, Galípolo também possui experiência acadêmica, tendo lecionado na universidade entre 2006 e 2012. Sua experiência no setor público começou sob a gestão do ex-governador José Serra, onde atuou na Secretaria dos Transportes e mais tarde na economia estadual. Desde então, consolidou-se como um influente consultor econômico e líder do Banco Fator, onde geriu projetos de desestatizações.

Quais são os desafios de Galípolo à frente do Banco Central?

Cabe a Galípolo enfrentar um cenário econômico desafiador. Questões como a autonomia da instituição, a regulação de jogos de apostas online e a relação com a política monetária estão na pauta. Durante sua sabatina, ele foi questionado sobre as taxas de juros, a autonomia do Banco Central e confirmou que a instituição não regula apostas, mas sim busca compreender seu impacto na economia e no endividamento familiar.

Outro ponto inerente ao seu novo cargo será a manutenção de diálogos eficazes com o governo, especialmente diante das críticas de Lula ao ex-presidente Roberto Campos Neto por conta dos elevados juros. Quaisquer elevações nas taxas ainda serão consideradas, mas sempre atreladas ao desempenho da economia e às metas de inflação, afirmou Galípolo.

A trajetória de Galípolo até a presidência do Banco Central

Gabriel Galípolo já havia passado pelo crivo do Senado em 2023, quando recebeu aprovação para o cargo de diretor de Política Monetária do Banco Central. Na ocasião, seu nome foi acolhido com 39 votos favoráveis contra 12. Sua trajetória foi facilitada pelas poucas divergências com o então presidente Roberto Campos Neto e a boa relação com o governo.

  • Formação em Ciências Econômicas pela PUC-SP.
  • Experiência acadêmica como professor na PUC-SP.
  • Consultor e conselheiro econômico no governo de São Paulo.
  • Diretor na Fiesp e presidente do Banco Fator.

O impacto de sua aprovação promete ser significativo, sobretudo considerando sua proximidade com Lula e Haddad. Com mais esta etapa superada, espera-se que a continuidade das políticas econômicas do Banco Central encontre um ponto de equilíbrio entre as demandas do governo e as necessidades do mercado.