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Starlink Volta Atrás e Afirma que Seguirá Ordem de Bloqueio do X no País! Confira:

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A Starlink, empresa de internet via satélite fundada por Elon Musk, anunciou nesta terça-feira (3) que cumprirá a decisão de bloquear a rede social X no Brasil. Inicialmente, no domingo (1), a companhia havia comunicado que só suspenderia o acesso dos usuários caso seus recursos fossem desbloqueados pela Justiça.

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), comandada pelo ministro Alexandre de Moraes, determinou que todas as operadoras de telecomunicações no Brasil deveriam desativar o acesso ao X, precedentemente conhecido como Twitter. Esse posicionamento surgiu devido ao não cumprimento de várias ordens judiciais pela plataforma.

O bloqueio das contas da Starlink Holding foi determinado na semana passada, e a empresa foi notificada no dia 27 de agosto. O ministro Alexandre de Moraes afirmou que a decisão se deu em razão do descumprimento de ordens judiciais pela rede social X, incluindo a recusa em restringir perfis que atentam contra instituições democráticas, o não pagamento de multas e a ausência de um novo representante legal após o fechamento do escritório no Brasil no dia 17 de agosto.

Logo após a notificação, a Starlink chamou a ordem de “inconstitucional” e afirmou que contestaria para reverter a decisão. No entanto, o prazo para recorrer era de cinco dias, encerrando na segunda-feira (2). Sem possibilidade de recorrer dentro do processo original, a Starlink optou por ingressar com um mandado de segurança, embora este não seja o instrumento correto para tal finalidade.

O Que Motivou a Decisão do STF?

O ministro Alexandre de Moraes considerou que tanto a Starlink quanto a rede social X fazem parte do mesmo grupo econômico, liderado por Elon Musk. A conexão de ambas as empresas nesse conglomerado justificou a punição aplicada pela Corte, uma vez que a plataforma social violava-lhes repetidamente suas determinações.

  • Negativa em restringir perfis que atentam contra instituições democráticas.
  • Recusa em pagar multas por descumprimento de decisões judiciais.
  • Ausência de um novo representante legal no Brasil após o fechamento do escritório no dia 17 de agosto.

A decisão impacta diretamente os mais de 200 mil usuários da Starlink em território brasileiro. A suspensão do acesso ao X implica na impossibilidade de utilizar a plataforma que, por muitos, é um veículo importante de comunicação e acesso à informação. A empresa, no entanto, afirma que sua decisão de cumprir a ordem judicial visa evitar consequências legais mais drásticas e preservar seus serviços de internet por satélite no país.

Embora a Starlink tenha nomeado a decisão judicial como “ilegal” e “inconstitucional”, a companhia decidiu seguir a determinação para bloquear o acesso ao X. Isso demonstra um posicionamento estratégico para não comprometer suas operações e recursos financeiros no Brasil, apesar do desconforto causado pela medida.

O cenário ainda pode evoluir, visto que a empresa entrou com um mandado de segurança para tentar reverter a situação. Contudo, a utilização deste instrumento pode não ser suficiente, considerando que não é o meio processual adequado para contestar decisões monocráticas do STF.

Esta decisão marca um ponto crucial na relação entre grandes corporações de tecnologia e o sistema judicial brasileiro, evidenciando a complexa dinâmica entre o cumprimento de regulamentos locais e a operação de plataformas globais.