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Voepass: Quais medidas poderiam ter impedido o acidente?

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Na última sexta-feira, 9 de agosto de 2024, um trágico acidente aéreo envolvendo um avião da Voepass (antiga Passaredo) abalou o Brasil. A queda da aeronave em Vinhedo, no interior de São Paulo, resultou na morte de 62 pessoas, incluindo 58 passageiros e 4 tripulantes.

O modelo envolvido no acidente, um ATR 72-500, apresentou problemas meses antes da tragédia. Em março, a aeronave sofreu um dano estrutural após bater a cauda na pista durante um pouso em Salvador, Bahia. Posteriormente, em julho, a aeronave foi alvo de uma despressurização de cabine, o que levou a mais um período de manutenção.

Acúmulo de Gelo nas Asas Como Principal Hipótese

A principal suspeita para a queda do ATR 72 da Voepass é o acúmulo de gelo nas asas. De acordo com o sistema FlightRadar24, que monitora voos em tempo real, a aeronave estava a 17.000 pés de altitude no momento da queda. Havia um alerta de formação de gelo entre 12.000 e 21.000 pés, devido à frente fria que atingia São Paulo.

Ainda é Seguro Voar em Condições Extremas?

Especialistas em segurança aérea explicam que o gelo pode alterar a aerodinâmica das asas, comprometendo a sustentação do avião. Silvan Riciano Pulido, gerente de segurança operacional do Aeroclube de Catanduva, afirmou que a presença de gelo nas asas é uma questão crítica que pode levar a graves acidentes.

Histórico de Manutenção do ATR 72 da Voepass

Após o incidente em Salvador, o ATR 72-500 da Voepass ficou estacionado por 17 dias e foi enviado para manutenção em Ribeirão Preto. A aeronave voltou a operar em julho, mas enfrentou novos problemas técnicos, inclusive uma despressurização na cabine. A manutenção se estendeu por mais alguns dias, e a aeronave voltou a transportar passageiros em 13 de julho, menos de um mês antes do trágico acidente.

O voo 2283 da Voepass decolou de Cascavel, no Paraná, com destino ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, mas caiu em uma área residencial em Vinhedo, a 79 km de São Paulo, no bairro de Capela. O acidente enlutou dezenas de famílias e levantou questões sobre a segurança das aeronaves regionais no Brasil.

Medidas de Segurança Necessárias

Para evitar novos acidentes, é essencial que as companhias aéreas e autoridades aeronáuticas revisem protocolos de segurança, principalmente em voos que atravessam zonas de alta formação de gelo. Entre as medidas recomendadas estão:

  • Instalação de sistemas de descongelamento mais eficientes nas aeronaves;
  • Monitoramento rigoroso das condições meteorológicas antes e durante os voos;
  • Adoção de treinamentos específicos para a tripulação sobre manobras em situações de formação de gelo;
  • Investimentos contínuos na manutenção e atualização dos equipamentos das aeronaves.

O Impacto da Tragédia com a Voepass

A cidade de Vinhedo, com cerca de 76.540 habitantes, foi profundamente impactada pelo acidente com o aviãos da Voepass. O local da queda, o condomínio Recanto Florido, no bairro da Capela, tornou-se um ponto de atenção nos noticiários, ressaltando a necessidade urgente de melhorias nas investigações e prevenções de acidentes aéreos.

Com o desenrolar das investigações, espera-se que novas informações sejam divulgadas para esclarecer as causas do acidente e prevenir futuras tragédias. Enquanto isso, o Brasil lida com a dor da perda e a busca por respostas.