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Aprenda a declarar empréstimos bancários no Imposto de Renda

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Certamente você, assim como muitos brasileiros, já precisou recorrer a um empréstimo bancário para solucionar uma situação emergencial. Contudo, é comum surgirem dúvidas quanto à necessidade de declarar esses empréstimos no Imposto de Renda. Resumidamente, se o empréstimo for superior a R$ 5 mil, precisa sim ser declarado. E não apenas empréstimos bancários, mas também aquele adiantamento da mãe, do vizinho ou do cônjuge.

Portanto, é essencial saber como informar esses valores ao Fisco. Para tal, o Jornal Contábil fez uma explanação simplificada dos passos necessários, para garantir que você esteja totalmente ajustado às regras da Receita Federal.

Como proceder com a declaração de empréstimos no Imposto de Renda?

Novidades da Receita Federal em 2023 (Fonte/Edição: JornalDia).
Novidades da Receita Federal em 2023 (Fonte/Edição: JornalDia).

Para começar, independentemente de serem originados de um cheque especial, cartão de crédito ou de uma pessoa física, todos os empréstimos que superarem os R$ 5 mil necessitam ser indicados na declaração do Imposto de Renda.

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Como declarar se você recebe empréstimos bancários?

O processo é direto. Você precisará acessar a ficha “Dívidas e Ônus Reais”, criar um item, e selecionar o código correspondente ao tipo de empréstimo obtido. Em seguida, precisará detalhar na “Discriminação” a natureza da dívida, o valor solicitado, o prazo para quitação e os dados do credor. Caso o empréstimo esteja atrelado a algum bem como garantia, isso deve ser informado. Por fim, terá que informar o saldo da dívida em 31/12/2023 e o total pago em 2023. Mesmo que tenha quitado o empréstimo no ano corrente, ainda assim precisa informar à Receita Federal. Os valores pagos devem ser indicados no campo “Valor Pago em 2023”.

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E se você foi quem emprestou dinheiro?

Se você concedeu empréstimos superiores a R$ 5 mil, os valores devem ser informados na ficha “Bens e Direitos”. Para isso, terá que criar um item no grupo “05 – Créditos” e selecionar a opção “01 — Empréstimos concedidos”. As condições do negócio devem ser detalhadas, com ênfase nos juros cobrados, pois um equívoco com os valores dos juros pode levar o contribuinte à malha fina da Receita Federal. Em casos de empréstimos a familiares, é recomendado que ambas as partes declarem o valor, a fim de evitar inconsistências.

Em conclusão, os empréstimos bancários podem ser processos complexos e burocráticos, no entanto, com as informações corretas, é possível manter sua situação fiscal em ordem e evitar problemas futuros.