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Além da Dengue e Zika: Febre do Oropouche, outra preocupação no verão 2025, veja!

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A Febre do Oropouche é uma infecção causada por um arbovírus do gênero Orthobunyavirus. Desde a sua identificação no Brasil, em 1960, o vírus tornou-se uma preocupação contínua, especialmente nas regiões amazônicas endêmicas. Em 2024, a doença alarmou as autoridades de saúde ao se espalhar por diversas unidades federativas do país com transmissão autóctone.

O surto mais recente ocorreu em 2025, quando o Brasil registrou 2.791 casos nas primeiras semanas do ano. A maior parte dos casos, 95%, foi registrada no Espírito Santo, marcando um aumento preocupante em comparação com verão anterior. Outros estados também observaram ocorrências, incluindo Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraíba, Ceará, Paraná e Roraima.

Qual é o Modo de Transmissão da Febre do Oropouche?

A transmissão da febre do Oropouche ocorre através de insetos vetores, existindo então dois ciclos:

  • Ciclo silvestre: o vetor principal é o Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. Esses insetos obtêm o vírus de hospedeiros naturais, como bichos-preguiça, primatas não-humanos e possivelmente aves silvestres e roedores.
  • No ambiente urbano: o pernilongo comum, o Culex quinquefasciatus, que prevalece em áreas urbanas é o vetor. Neste caso, os humanos tornam-se os principais hospedeiros do vírus, aumentando o risco de surtos em regiões povoadas.

Quais são os Sintomas e Complicações da Febre do Oropouche?

Os sintomas da febre do Oropouche são semelhantes aos de outras arboviroses, como a dengue. Os principais sintomas incluem:

Sintomas Comuns

  • Febre de início súbito
  • Cefaleia intensa (dor de cabeça)
  • Mialgia (dor muscular)
  • Artralgia (dor nas articulações)
  • Náusea
  • Diarreia
  • Tontura
  • Dor retro-ocular (atrás dos olhos)
  • Calafrios
  • Fotofobia (sensibilidade à luz)
Foto: Mulher com dor de cabeça. Créditos: depositphotos.com / HayDmitriy

Sintomas Graves

  • Complicações no sistema nervoso central:
    • Meningite asséptica
    • Meningoencefalite
  • Manifestações hemorrágicas:
    • Petéquias (pequenas manchas vermelhas na pele)
    • Epistaxe (sangramento nasal)
    • Gengivorragia (sangramento nas gengivas)

Casos graves podem ocorrer mesmo em pacientes sem comorbidades, como evidenciado pelos dois óbitos registrados na Bahia em 2024.

Medidas de Prevenção e Controle

O combate à febre do Oropouche envolve:

Controle de Vetores

  • Uso de repelentes
  • Instalação de telas de proteção em janelas e portas
  • Eliminação de criadouros de mosquitos, como recipientes com água parada

Conscientização e Monitoramento

  • Campanhas de conscientização sobre a doença
  • Monitoramento contínuo da situação epidemiológica

Vigilância Epidemiológica

  • Estratégias de vigilância para identificação rápida de novos casos
  • Resposta rápida a surtos

Ações Coordenadas

  • Ações coordenadas entre governos estaduais e federais para proteger a saúde pública

É crucial que a população e as autoridades de saúde trabalhem juntas para implementar essas medidas e prevenir a disseminação da Febre do Oropouche.

Existe tratamento para a Febre do Oropouche?

Até o momento, não existe um tratamento específico para a Febre do Oropouche. O tratamento disponível visa aliviar os sintomas da doença, sendo considerado sintomático. As principais medidas incluem:

  • Repouso é fundamental para permitir que o corpo se recupere da infecção;
  • Hidratação já que a febre e outros sintomas podem levar à desidratação, por isso, é importante beber bastante líquido, como água, sucos e soro caseiro;
  • Medicamentos para Alívio dos Sintomas:
    • Analgésicos e antitérmicos: utilizados para aliviar a dor e a febre. É importante seguir a dosagem recomendada pelo médico ou farmacêutico e evitar a automedicação.
    • Antieméticos: podem ser utilizados para aliviar náuseas e vômitos, caso estejam presentes.
  • Acompanhamento Médico é essencial procurar atendimento médico para receber o diagnóstico correto e monitorar a evolução da doença.