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Bancos estão insatisfeitos com novo corte em teto do empréstimo consignado

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O Ministro da Previdência, Carlos Lupi, vem afirmando que pretende reduzir mais uma vez a taxa máxima de juros do consignado do INSS. Contudo, as instituições financeiras têm se oposto fortemente a esta nova possível redução, conforme apurado pelo jornal Valor Econômico. De acordo com o jornal, algumas instituições financeiras ameaçam até deixar de oferecer o serviço do INSS, caso haja nova redução de juros.

Este embate será discutido na próxima reunião do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS), previsto para ocorrer na próxima quinta-feira (28). Carlos Lupi defende as reduções na taxa máxima de juros do consignado como um reflexo das quedas da taxa Selic, promovidas pelo Banco Central (BC). Veja mais detalhes a seguir.

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Por que o Ministro da Previdência quer reduzir os juros?

O Ministro Carlos Lupi argumenta que as reduções da taxa de juros do consignado devem seguir o comportamento da taxa Selic, que tem passado por sucessivas quedas promovidas pelo BC. Recentemente, o Conselho de Política Monetária (Copom) decidiu reduzir a taxa básica de juros em 0,50 ponto, de 13,25% para 12,75% ao ano.

Por acreditar que as reduções devem ter impacto direto nas quedas da taxa máxima de juros para o consignado do INSS, Lupi defende que, sempre que o BC reduzir a taxa, a mesma proporcionalidade deve ser aplicada ao consignado. O Ministro argumenta que tal medida beneficiaria quem contrai esse empréstimo, garantindo uma sobrevida razoavelmente digna.

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Qual a posição do BB e do Banco do Brasil?

Enquanto o debate entre Lupi e os bancos privados segue forte, duas instituições públicas já tomaram uma posição. O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal anunciaram na última semana reduções nas suas taxas internas para o consignado do INSS, motivadas justamente pela recente queda na Selic.

No Banco do Brasil, as reduções podem chegar a 0,04 ponto percentual por mês. A taxa mínima para o consignado do INSS passou de 1,75% para 1,71% ao mês, e o teto dessa linha passou de 1,89% para 1,85% ao mês. Já na Caixa Econômica Federal, espera-se que a taxa média de juros do consignado passe de 1,61% para 1,55% ao mês, mas a instituição ainda não divulgou os novos valores específicos para o consignado do INSS.

Portanto, mesmo com a resistência dos bancos privados, a discussão sobre a redução da taxa de juros do consignado do INSS ganhou um novo capítulo com as movimentações do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. Agora, resta aguardar os desdobramentos da próxima reunião do CNPS.