Eleição para Prefeito de São Paulo: Marçal e Nunes em ascensão e Boulos em Queda
A pesquisa eleitoral mais recente aponta mudanças significativas no cenário político de São Paulo, com destaque para Ricardo Nunes (MDB), que apresentou uma recuperação impressionante. Nunes subiu de 19% para 24% nas intenções de voto após o início da campanha na televisão. O levantamento, realizado pela Quaest e encomendado pela TV Globo, ouviu 1.200 pessoas entre os dias 8 e 10 de setembro de 2024.
Enquanto isso, Pablo Marçal (PRTB) também mostrou um crescimento, oscilando de 19% para 23%. Guilherme Boulos (PSOL), por outro lado, teve uma leve queda, passando de 22% para 21%. Essas oscilações estão dentro da margem de erro da pesquisa, que é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.
Ricardo Nunes: Crescimento na Propaganda de TV
A principal razão para o crescimento de Nunes nas pesquisas, segundo Felipe Nunes, diretor da Quaest, é a importância da televisão na campanha eleitoral. A propaganda gratuita na TV começou há pouco, e esta é a primeira pesquisa que observa as intenções de voto após a estreia do horário eleitoral.
- Ricardo Nunes (MDB): 24% (eram 19%)
- Pablo Marçal (PRTB): 23% (eram 19%)
- Guilherme Boulos (PSOL): 21% (eram 22%)
Felipe Nunes destaca que, apesar de Datena ser um candidato fortemente associado à televisão, seus números apresentaram uma queda constante. Isso sugere que sua popularidade anterior pode ter sido mais um “recall” do que um voto fixo.
Qual o Impacto da Televisão Nessas Eleições?
A campanha de 2024 está se tornando um grande teste para avaliar a influência da televisão versus as redes sociais nas eleições. A dúvida surgiu principalmente após a campanha de Bolsonaro em 2018, quando a força das redes sociais foi apontada como um dos fatores determinantes para sua vitória.
Até o momento, parece que a televisão ainda mantêm um papel importante. A recuperação de Ricardo Nunes pode ser atribuída em grande parte a sua presença no horário eleitoral. Isso levanta a questão sobre o real impacto das redes sociais na campanha de Marçal e se ele será capaz de manter ou aumentar seu apoio sem uma presença forte na TV.
Como Está a Disputa Entre Boulos e Marçal?
Em um cenário de segundo turno, o prefeito Ricardo Nunes venceria tanto Guilherme Boulos quanto Pablo Marçal. Se a disputa fosse entre Boulos e Marçal, a pesquisa aponta um empate técnico, mostrando o equilíbrio entre os dois candidatos.
- Ricardo Nunes (MDB) venceria com 50% contra 30% de Marçal.
- Contra Boulos, Nunes teria 48% contra 33%.
- Em um possível segundo turno entre Boulos e Marçal, a disputa ficaria em 40% para Boulos e 39% para Marçal.
Isso demonstra que, apesar da recuperação de Nunes, tanto Marçal quanto Boulos ainda estão na disputa, apresentando um cenário de segundo turno altamente competitivo.
Quem São os Candidatos Mais Rejeitados?
A pesquisa também revelou os candidatos com maior rejeição entre os eleitores. Datena aparece como o mais rejeitado, com 60%, seguido por Boulos com 48% e Marçal com 41%. Nunes aparece com uma rejeição de 34%, colocando-o em uma posição relativamente favorável em comparação com seus principais adversários.
Tabata Amaral e Marina Helena também foram mencionadas, mas com índices de rejeição bem menores, mostrando que ainda têm espaço para crescer na preferência do eleitorado.
Decisão de Voto: Quantos Eleitores Estão Decididos?
A pesquisa revelou que 55% dos eleitores de São Paulo afirmam que sua escolha de voto já é definitiva, um aumento em comparação aos 46% registrados em agosto. Entre os eleitores de Marçal e Nunes, há um número significativo de pessoas que já decidiram em quem votar, o que pode indicar uma estabilização das intenções de voto.
O levantamento indica que, entre os eleitores de Marçal, 66% dizem que sua escolha é definitiva, enquanto entre os apoiadores de Nunes, esse número é de 53%. Já entre os eleitores de Boulos, 63% afirmam que não mudarão seu voto.
O cenário eleitoral em São Paulo para 2024 está se mostrando cada vez mais interessante e competitivo, com a televisão ainda desempenhando um papel crucial na decisão dos eleitores, ao mesmo tempo em que as redes sociais continuam sendo uma força substancial.