Tecnologia pode criar 78 milhões de novos empregos até 2030

Um estudo realizado pelo Fórum Econômico Mundial trouxe à luz o efeito das tecnologias emergentes no mercado de trabalho em 55 países. Prevê-se que, até 2030, haverá um aumento significativo no número de postos de trabalho, ressaltando uma transformação global liderada pela demanda crescente por habilidades tecnológicas.

Conforme o estudo, projeta-se a criação de cerca de 170 milhões de novas oportunidades de emprego, enquanto aproximadamente 92 milhões de funções poderão se tornar obsoletas. Isso implica um saldo positivo de 78 milhões de novos empregos, o que representa um aumento de cerca de 7% em relação ao cenário atual. Essa mudança trará um foco especial para profissões relacionadas a tecnologias específicas e inovadoras.

Quais serão os empregos mais demandados no futuro?

As áreas que deverão observar um aumento na demanda por profissionais incluem especialistas em Big Data, engenheiros de fintech, e profissionais de inteligência artificial. Também, há uma expectativa de crescimento nas oportunidades para desenvolvedores de software e aplicações, especialistas em segurança da informação, entre outros campos relacionados à inovação tecnológica.

Área da Tecnologia:

• Especialistas em Inteligência Artificial e Machine Learning: A demanda por profissionais capazes de desenvolver e implementar soluções de IA e aprendizado de máquina continuará crescendo em diversos setores.
• Cientistas de Dados: A análise de grandes volumes de dados será fundamental para tomar decisões estratégicas em negócios e governos.
• Desenvolvedores de Software: A criação de softwares personalizados e aplicativos será essencial para atender às demandas de um mundo cada vez mais digital.
• Engenheiros de Cibersegurança: Com o aumento dos ataques cibernéticos, a proteção de dados e sistemas se tornará ainda mais crucial.
• Especialistas em Blockchain: Essa tecnologia tem o potencial de revolucionar diversos setores, como finanças e logística, demandando profissionais especializados.

O surgimento de novas soluções tecnológicas e o aumento da automação destacam a necessidade de engenheiros especializados em veículos elétricos e autônomos, bem como em profissionais de Internet das Coisas (IoT). Muito além de apenas criar novos produtos, esses profissionais são essenciais para melhorar a experiência do usuário e garantir a segurança e a eficiência desses sistemas.

Como as empresas estão se preparando para as mudanças no mercado de empregos?

No Brasil, por exemplo, a transformação tecnológica tem sido gradualmente adotada. O levantamento mostrou que a maioria das empresas brasileiras está buscando aprimorar suas capacidades tecnológicas. Contudo, observa-se uma clara preferência por contratar profissionais já qualificados em detrimento da formação interna de talentos.

A pesquisa indica que 58% das empresas esperam aumentar a contratação de indivíduos com habilidades renovadas. Cerca de 48% das companhias planejam a transição de empregados de funções em declínio para áreas em expansão, considerando as mudanças esperadas nos próximos anos.

Quais profissões estão em risco devido à automação?

Por outro lado, algumas profissões tradicionais estão declinando. Os avanços tecnológicos tendem a substituir ou reduzir significativamente a necessidade de funções como funcionários de serviços postais, caixas bancários, operadores de entrada de dados e assistentes administrativos. O declínio nessas áreas é atribuído principalmente ao aumento da automação e eficiência dos sistemas digitais.

Além disso, profissões como trabalhadores de impressão, contadores, vendedores de porta a porta e outras funções mais mecânicas ou repetitivas podem sofrer impactos substanciais à medida que novas tecnologias tomam seu espaço. Essa mudança exige que os profissionais dessas áreas busquem uma recolocação, novo empregos, muitas vezes exigindo requalificação.

Como garantir a transição com sucesso?

A adaptação a esse cenário em rápida evolução demanda esforços significativos em capacitação e treinamento tanto para empresas quanto para trabalhadores. Investimentos em educação continuada e desenvolvimento de habilidades tecnológicas serão cruciais para assegurar que a força de trabalho esteja pronta para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades de empregos que surgirão.

O comprometimento das empresas em preparar seus funcionários para essas mudanças é essencial. Assim, ao priorizar a capacitação, o setor privado pode não apenas garantir seu próprio crescimento, mas também contribuir para um mercado de trabalho mais ativo e dinâmico nos próximos anos, acompanhando as exigências de um mundo cada vez mais digital.