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PF investiga Carlos Bolsonaro por uso político da Abin em operação!

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Brasília – A Polícia Federal (PF) realizou uma operação nesta segunda-feira, 29, envolvendo o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). Trata-se de um desdobramento da Operação Vigilância Aproximada, que visa investigar o uso político da Abin (Agência Brasileira de Inteligência).

Carlos Bolsonaro na Mira da PF

Segundo apurações, Carlos Bolsonaro, também conhecido como Carluxo, pode ter sido beneficiado com informações produzidas pela chamada “Abin paralela”. Alega-se que o ex-diretor-geral da Abin, utilizou o software First Mile para monitorar aproximadamente 1,5 mil pessoas de forma ilegal.

Em nota, a PF declarou que “estão sendo cumpridos nove mandados de busca e apreensão em Angra dos Reis/RJ, (1) Rio de Janeiro/RJ (5), Brasília/DF (1), Formosa/GO (1) e Salvador/BA (1)”.

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Os crimes investigados

Em relação aos crimes investigados, a PF salientou que está em busca de avanço no núcleo político, identificando os principais beneficiários e destinatários das informações produzidas de forma ilícita. Salienta-se o uso de técnicas de investigação próprias das polícias judiciárias, porém sem o devido controle judicial ou do Ministério Público.

As possíveis infrações podem relacionar-se à invasão de dispositivo informático alheio, formação de organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.

Moraes autorizou

Todos os mandados de busca e apreensão foram autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, a pedido do procurador-geral da República, Paulo Gonet.

Esse desdobramento da operação Vigilância Aproximada tem por objetivo investigar a destinação destes relatórios feitos pela “Abin Paralela”. Mandados de busca e apreensão na residência de Carlos Bolsonaro e em seu gabinete funcional, no Rio de Janeiro foram executados.

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Vigilância Aproximada

Ao autorizar a operação Vigilância Aproximada, Alexandre de Moraes, ministro do STF, afirmou que existiam indícios de que a alta direção da Abin, durante a gestão do então diretor-geral, Alexandre Ramagem, teria usado a agência de inteligência brasileira para fins ilícitos de monitoramento de alvos de interesse político e de autoridades públicas, sem a necessária autorização judicial.

A ferramenta de inteligência First Mile, adquirida por cerca de 5 milhões de reais, foi usada para monitorar indivíduos sem qualquer relevância às atribuições institucionais da Abin, conforme a decisão que autorizou 21 mandados de busca e apreensão na investigação sobre a Abin paralela que atingiu o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).

Em recente live, o ex-presidente Jair Bolsonaro criticou uma ala da Polícia Federal, fazendo menção a uma “PF do B”. Tais declarações ocorrem em paralelo às operações da PF contra seus filhos.