Rejeição à Candidatura de José Luiz Datena Chega a 35% Após Cadeirada, Diz Datafolha!
A rejeição à candidatura de José Luiz Datena (PSDB) à Prefeitura de São Paulo alcançou 35% em uma pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (19). Na semana passada, 32% dos eleitores afirmaram que não votariam no apresentador de jeito nenhum. Embora a oscilação esteja dentro da margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos, este é o maior índice de rejeição para Datena desde 6 de agosto, quando o primeiro levantamento da série foi publicado, com uma rejeição de 31%.
Este levantamento do Datafolha é o primeiro após o incidente no último domingo (15), quando Datena agrediu o adversário Pablo Marçal (PRTB) com uma banqueta durante um debate na TV Cultura. Antes da agressão, ambos trocaram xingamentos e acusações. A rejeição de Marçal também oscilou para cima, chegando a 47% nesta semana, contra 44% na semana anterior.
Por que a Rejeição de José Luiz Datena Está Aumentando?
A rejeição crescente à candidatura de Datena levanta questões sobre o impacto de suas ações durante a campanha. O episódio da agressão a Marçal certamente contribuiu para o aumento do índice de rejeição. Segundo a pesquisa Datafolha, os eleitores começaram a questionar mais intensamente a capacidade de Datena em manter uma postura adequada para o cargo de prefeito.
Além disso, o aumento da rejeição pode ser atribuído a outros fatores:
- Histórico de Conflitos: Datena já teve outros episódios de confrontos em público, o que pode ter contribuído para a impressão negativa entre os eleitores.
- Estratégia de Campanha: A abordagem agressiva e emocional de Datena pode estar alienando parcela significativa do eleitorado.
- Comparação com Outros Candidatos: A análise de performance dos outros candidatos pode ter mostrado uma postura mais equilibrada e racional, favorecendo-os em relação a Datena.
Como Marçal Está Lidar com a Situação?
Em resposta ao episódio e às acusações que se seguiram, tanto Datena quanto Marçal entraram com ações judiciais um contra o outro. Datena acusa Marçal de difamação por chamá-lo de “estuprador”, enquanto Marçal aponta lesão corporal e injúria. Esses conflitos judiciais podem estar impactando negativamente a percepção pública de ambos os candidatos, mas especialmente a de Marçal, que agora tem a maior rejeição entre os candidatos, com 47%.
O Impacto da Rejeição no Cenário Eleitoral
Os resultados da pesquisa Datafolha também indicam que as rejeições dos principais candidatos, além de Datena e Marçal, se mantiveram dentro da margem de erro. Guilherme Boulos, Ricardo Nunes e Tabata Amaral variaram dentro da margem de erro, de 1 a 2 pontos percentuais.
Entretanto, a trajetória crescente da rejeição de Marçal desde 4 de setembro é destacada pela equipe de Datena como o verdadeiro centro das atenções. Este aumento persistente pode influenciar significativamente o resultado das eleições, sobretudo se mais eleitores decidirem afastar-se dos candidatos com alta rejeição.
Para os próximos passos, a estratégia dos candidatos terá que ser revisada, especialmente para aqueles cuja rejeição está em níveis críticos. Apelos para uma campanha mais limpa, autocrítica e tentativas de reconciliação podem ser caminhos viáveis para recuperação da imagem pública e, consequentemente, potencialidade de votos.
O Que os Eleitores Estão Dizendo?
O Datafolha realizou a pesquisa presencialmente, ouvindo 1.204 eleitores entre os dias 17 e 19 de setembro. O nível de confiança da pesquisa é de 95%, e o protocolo de registro na Justiça Eleitoral é SP-03842/2024. A reação dos eleitores, assim como as estratégias dos candidatos nos próximos meses, será crucial para determinar o resultado final da corrida eleitoral em São Paulo.
Enquanto isso, o cenário político segue tenso, com candidaturas sendo testadas não só pela habilidade política e administrativas dos candidatos, mas também pela sua capacidade de manterem-se calmos e racionais sob pressão.
