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Restrição de Apostas para Beneficiários do Bolsa Família! Entenda debate controverso!

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O governo orientou sua base na Câmara a votar contra uma emenda que restringia apostas de beneficiários do Bolsa Família e adultos inscritos no Cadastro Único de programas sociais (CadÚnico). Essa orientação diverge dos esforços recentes de ministros, como Fernando Haddad (Fazenda) e Wellington Dias (Desenvolvimento Social), que visam minimizar gastos em apostas por pessoas vulneráveis.

Um estudo do Banco Central revelou que, somente em agosto, beneficiários do Bolsa Família gastaram R$ 3 bilhões em apostas via Pix, com uma despesa média de aproximadamente R$ 100 por apostador. Durante a votação do projeto de lei 3626, em 13 de setembro de 2023, o partido Solidariedade apresentou um destaque — um trecho específico para ser analisado separadamente — que poderia alterar o texto do projeto.

Qual foi a proposta da emenda sugerida?

O deputado Áureo Ribeiro (RJ), líder do partido Solidariedade, sugeriu uma emenda que proibia apostas por devedores inadimplentes inscritos em entidades de proteção ao crédito, pessoas inscritas nos programas do governo federal e no CadÚnico, assim como beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC). Segundo ele, “não se pode permitir que as pessoas que estão no BPC e no CadÚnico usem uma plataforma, fiquem viciadas e tenham mais prejuízos em sua vida emocional e pessoal”.

Fonte: 
CNN Brasil
Fonte: CNN Brasil

Por que o governo foi contra a emenda?

O líder do governo na Câmara, José Guimarães, foi enfático ao orientar os parlamentares a votarem contra a emenda. Sua justificativa baseou-se no aspecto arrecadatório do projeto, que pretendia estabelecer a tributação e regulamentação das apostas esportivas, direcionando recursos para áreas estratégicas como seguridade, educação e esporte. O vice-líder do PT, deputado Merlong Solano (PI), reforçou essa posição dizendo: “O projeto substitutivo está muito bem estruturado, estabelecendo a tributação e a regulamentação das apostas esportivas. E direcionando recursos para áreas estratégicas, como a seguridade, a educação, o esporte. Enfim, é não à emenda.”

Quais foram os resultados da votação?

A emenda foi rejeitada por grande maioria: 342 votos contrários, 82 a favor e oito abstenções. Entre os partidos, apenas o PSOL e o próprio Solidariedade votaram a favor da emenda. O deputado federal Sóstenes Cavalcante (RJ), que orientou o PL — o principal partido de oposição —, manifestou uma perspectiva pessoal de que a emenda do deputado Áureo era relevante, argumentando que “jogos de azar não fazem bem a ninguém, endividam os mais pobres.” No entanto, Sóstenes deixou sua bancada livre para votar conforme suas convicções, dada a existência de divergências internas.

Qual a reação aos resultados?

Após a votação, o deputado Áureo Ribeiro criticou a postura do governo: “O governo foi contra o destaque quando defendi a matéria. Agora o governo vai falar que não sabia?” Essa declaração revela um descontentamento com a maneira como a orientação governamental influenciou a decisão final. Essa situação levanta reflexões sobre o papel do Estado em regular atividades econômicas que impactam diretamente a população vulnerável. Analisar as razões por trás da rejeição da emenda é crucial para entender a complexidade desse debate.

Por que o governo quer retomar o horário de verão?

Além das discussões sobre regulamentação de apostas, está em pauta também a proposta do governo de retomar o horário de verão. Este é um assunto que vem sendo debatido por conta de potenciais benefícios econômicos e energéticos. O horário de verão pode ser uma ferramenta importante para a gestão de recursos e a eficiência energética do Brasil. No entanto, suas implicações vão além do simples ajuste dos relógios, afetando várias esferas da vida cotidiana dos brasileiros.

A controvérsia envolvendo a regulamentação das apostas e a implantação do horário de verão demonstram a complexidade das decisões governamentais e suas consequências diretas na vida da população. Ambas as questões, embora distintas, compartilham o desafio de equilibrar interesses econômicos com os impactos sociais dessas medidas.