Reviravolta no Financiamento Estudantil com Foco na Inclusão Social
Em meio a um cenário de crescente endividamento dos estudantes beneficiados pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), planos para um novo programa de financiamento estudantil estão em curso, agora com um olhar mais voltado para o aspecto social. O Fies foi responsável por proporcionar ensino superior a milhares de brasileiros, mas também registrou recordes de endividamento em 2022.
Essa informação foi revelada por Camilo Santana, ministro da Educação. Ele destacou que o novo programa de financiamento terá como foco principal a inclusão social, rompendo com o atual modelo do Fies que é focado no aspecto financeiro. Para tomar forma, esta nova iniciativa conta com a parceria de importantes instituições, como a Receita Federal e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
O que muda com o novo programa de financiamento estudantil?
Segundo Santana, o novo programa de financiamento está sendo planejado para se adaptar as necessidades da população e dos estudantes. Um dos pontos principais será a identificação dos atuais devedores do Fies, por meio de rastreamento realizado em conjunto com a Receita Federal e o INSS. Esta informação será crucial para entender o perfil detalhado destes devedores e moldar o novo financiamento de acordo.
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O que esperar do novo financiamento estudantil?
No que diz respeito a mudanças, o novo programa vai implementar um modo de renegociar dívidas para estudantes inadimplentes, bem como a volta do financiamento através de um teto máximo. Além disso, um maior número de adesões ao programa é esperado, possibilitando ainda reverter a tendência de redução dos beneficiários.
Surge também a promessa de uma maior transparência, já que o novo modelo de financiamento requer o compartilhamento de informações sobre as dívidas e o perfil dos devedores com a Receita Federal e o INSS. O objetivo será avaliar se os estudantes estão ou não inseridos formalmente no mercado de trabalho.
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Como será implementado o novo programa de financiamento estudantil?
Na prática, da maneira como Santana delineou, o novo programa ainda necessita de aprovação legislativa. Ele revelou que há um Projeto de Lei (PL) pronto para ser apresentado, contudo, ainda não se sabe se será promulgado como tal ou como uma Medida Provisória (MP). A diferença é que a MP teria validade imediata após a assinatura do presidente da República, enquanto o PL necessita de aprovação do Congresso Nacional para entrar em vigor.
Independente da forma como ocorrerá a implementação, é evidente que esse novo modelo voltado para a inclusão social no setor de financiamento estudantil pode significar um avanço para o acesso à educação superior no Brasil, e uma esperança para aqueles estudantes atualmente endividados pelo FIES.