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Alta nos Juros do Crédito Rotativo: Desafios e Impactos para o Consumidor

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Os juros médios aplicados pelos bancos nas operações de crédito rotativo do cartão de crédito voltaram a subir no último mês. Em novembro de 2024, a taxa atingiu 445,8% ao ano, representando um aumento significativo em relação ao mês anterior. Este nível é o mais alto registrado desde maio de 2023, quando alcançou 454% anuais. O Banco Central revelou essas informações recentes que refletem uma tendência de alta nos custos para usuários de crédito rotativo.

A elevação mais recente, de 7,4 pontos percentuais, coloca em evidência o impacto dessas taxas sobre os consumidores que utilizam o crédito rotativo, especialmente em um momento de incertezas econômicas. As taxas de juros, historicamente altas para essa modalidade, representam um desafio para quem necessita de crédito mais flexível mas enfrenta dificuldades para quitar suas dívidas dentro do vencimento.

O Funcionamento do Crédito Rotativo no Cartão de Crédito

O crédito rotativo do cartão de crédito é uma opção utilizada por clientes que não conseguem pagar o total da fatura no vencimento. Quando isso acontece, o valor não pago entra na modalidade de crédito rotativo, sujeitando-se a taxas de juros elevadas. Essa alternativa deve ser usada com cautela, pois se trata de uma das linhas de crédito mais onerosas disponíveis no mercado financeiro.

Caso o saldo continue pendente, os bancos são obrigados a oferecer alternativas ao cliente, como o parcelamento da dívida em condições menos gravosas, dentro de um prazo máximo de 30 dias. Essa medida visa a impedir que consumidores acumulem dívidas excessivas e sejam incapazes de honrá-las, mas impõe um cenário de juros vultosos antes de tal consolidação.

Qual é o Impacto do Limite de Juros Estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional?

Em um esforço para conter o crescimento das dívidas de cartões de crédito, o Conselho Monetário Nacional estabeleceu limites para 2024. Foi decidido que os juros não podem exceder 100% do valor original da dívida nas operações de crédito rotativo e parcelado. Esta decisão, em vigor desde o início do ano, busca proteção ao consumidor contra práticas excessivas de cobrança.

Este limite representa um desafio para os bancos, que devem equilibrar a rentabilidade dos produtos financeiros com a necessidade de manter as condições acessíveis e justas para os usuários. Enquanto a taxa de juros do parcelado subiu para 183,3% ao ano, o controle se mostra essencial para manter o mercado em equilíbrio, evitando uma espiral de endividamento dos consumidores.

Evolução das Taxas de Juros em Outras Modalidades de Crédito

As taxas de juros em outras formas de crédito também sofreram alterações no período corrente. No caso do cheque especial, observou-se um aumento de 135,5% para 137,7% em novembro. Assim como o rotativo, o cheque especial é uma modalidade que apresenta altos custos para o consumidor, tornando crucial o monitoramento dessas taxas pelos usuários.

As mudanças contínuas nas taxas de juros refletem não apenas a dinâmica econômica, mas também as políticas financeiras implementadas para controlar o crédito e proteger os consumidores. Esses ajustes são essenciais para manter a estabilidade econômica e financeira, garantindo que o mercado de crédito funcione de maneira eficiente e equitativa.