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Minha casa, minha vida impulsionado! Setor imobiliário com novo recorde?

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O setor imobiliário brasileiro promete surpreender em 2024, as previsões apontam para um novo recorde que deverá ultrapassar as expectativas projetadas para o ano de 2023.

O grande motor deste impulso tem origem no retorno do programa governamental “Minha Casa, Minha Vida”. Mesmo face ao segundo maior encolhimento da caderneta de poupança na história, o programa conseguiu mobilizar as concessões.

Recorde do minha casa minha vida será batido em 2024?

Minha casa, minha vida impulsionado! Setor imobiliário com novo recorde?
Minha casa, minha vida impulsionado! Setor imobiliário com novo recorde?

Segundo projeções, para 2024, o orçamento do FGTS para habitação está previsto em cerca de R$ 106 bilhões. Se esses recursos forem totalmente aplicados, isso vai representar um aumento de 8% em relação ao recorde de 2023 referente a concessões para o setor imobiliário com recursos do FGTS.

O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço representou, em 2023, 39% do total de créditos imobiliários concedidos no país – esta foi a maior participação desde 2019.

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Crescimento do FGTS impulsionado pelo Minha Casa Minha Vida

A Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) registou que o FGTS, com forte apoio do programa Minha Casa, Minha Vida, teve um surpreendente crescimento de 59% em comparação com o ano de 2022.

Este programa governamental garante financiamentos subsidiados a famílias de baixa renda, mobilizando para isso os recursos do FGTS. Com as mudanças recém-introduzidas pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva, a expectativa é de que esta fatia chegue a representar metade dos financiamentos do programa.

Considerando a totalidade dos recursos do FGTS e os da poupança, a estimativa é da concessão de R$ 259 bilhões no ano de 2024. Este volume de investimentos, 3% superior ao de 2023, posicionará 2024 como o ano com o melhor desempenho na série histórica do setor, ultrapassando o até então recordista 2021 que registou R$ 255 bilhões em concessões.

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Vitória apesar dos desafios

Em 2023, o setor imobiliário enfrentou desafios relevantes como, por exemplo, o encolhimento das cadernetas de poupança – principal fonte de recursos para a construção e compra de imóveis no Brasil. Houve uma redução de 15% dos financiamentos provenientes da poupança em relação ao ano de 2022, caindo para R$ 153 bilhões.

A esta dificuldade soma-se a menor liquidez do mercado: em 2023, a poupança destinada ao crédito imobiliário perdeu R$ 72 bilhões, a segunda maior saída líquida da história, restando um total de R$ 747 bilhões.

Quais os requisitos do Minha casa minha vida?

O programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) é um programa do governo federal que oferece subsídios e financiamentos para famílias de baixa renda comprarem a casa própria. Os requisitos para participar do programa variam conforme a faixa de renda familiar e o tipo de imóvel desejado.

Faixas de renda:

  • Faixa 1: Renda familiar bruta mensal de até R$ 2.640,00.
  • Faixa 2: Renda familiar bruta mensal entre R$ 2.640,01 e R$ 4.000,00.
  • Faixa 3: Renda familiar bruta mensal entre R$ 4.000,01 e R$ 7.000,00.

Outros requisitos:

  • Não ter imóvel próprio;
  • Não ter financiamento habitacional em aberto;
  • Ter a pontuação mínima no Cadastro Único (CadÚnico);
  • Ter idade mínima de 18 anos;
  • Estar em situação regular com o CPF e a Receita Federal.

Mais alternativas para financiamento?

No entanto, o setor mostrou-se resiliente e soube encontrar alternativas além das fontes tradicionais de financiamento. Operações como Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) preencheram a lacuna deixada pela poupança, contribuindo para a expansão de 13% das fontes totais de financiamento para o crédito imobiliário em 2023, que chegaram a R$ 2,17 trilhões.

A participação destas fontes alternativas aumentou a 40%, um significativo crescimento se comparado aos 34% do ano de 2022.

Segundo Sandro Gamba, presidente da Abecip, mesmo diante do encolhimento da poupança, o mercado opera em um patamar mais elevado que a média histórica e a anterior representatividade da poupança não voltará à tona.